domingo, 29 de junho de 2014

James Matthew Barrie (1806 - 1937)

James Matthew Barrie (1860 – 1937)

Nasceu em 9 de maio de 1860, em Kirriemuir, Escócia; seus pais eram David Barrie e Margaret Ogilvy; gostando muito de ler historias, foi a historia “A ilha de coral” que lhe inspirou a criar a terra do nunca. Em 1866 o irmão mais velho de Barrie, David Barrie, morreu num trágico acidente enquanto patinava no gelo.
Depois de se formar em um curso universitário convencional em Edimburgo, começou a trabalhar como jornalista no Nottingham Journal; em 1885, saiu de lá e foi para Londres, trabalhar como escritor, conseguiu um considerável sucesso com os artigos “Thrums” e “Auld Lichts”. Em 1891 suas obras estavam entre as mais vendidas, e foi considerado um gênio por Robert Louis Stevenson.
Em 1894 casou-se com Mary Ansell, uma jovem atriz que tinha atuado em uma de suas peças; mas o casamento não deu certo e divorciaram-se sem ter filhos. Começou a criar cães para consolar-se do divorcio, dentre eles Barrie tinha um carrinho diferenciado por um são bernardo (que pode ter sido a inspiração para naná); levava-o para passear no parque Kensington; entre seus passeios conhece George, filho caçula de Arthur e Sylvia Llewellyn Davies.
Tornando-se amigo da família Llewellyn Davies, foi George quem lhe deu a inspiração para criar o personagem “Peter Pan”. Em 1902 Peter Pan aparece pela primeira vez no livro “O pequeno pássaro”, em novembro de 1903, Barrie começou a escrever a peça “Peter Pan”, que estreou no mês seguinte sendo um sucesso imediato. Depois adaptou a peça para livro com o titulo “Peter Pan e Wendy”.
Em 1909, Arthur Llewellyn Davies morre de câncer, e dois anos depois Sylvia morre da mesma doença; e Barrie adota seus cinco filhos.
Depois de Peter Pan, Barrie produziu peças para adulto que receberam considerável aclamação. No dia 13 de abril de 1929, divulgou-se a noticia de que Barrie havia doado todos os direitos de Peter Pan ao hospital infantil Great Ormond Street; pouco tempo depois dessa doação foi eleito vice-presidente do hospital.
Barrie continuou trabalhando até morrer em 1937.
Em 1987, cinquenta anos após a morte de Barrie, os direitos autorais que o hospital tinha sobre Peter Pan expiraram, Conforme determinava a lei britânica; mas o Parlamento aprovou uma emenda especial à nova lei de direitos autorais de 1988, estendendo o beneficio do hospital durante toda a sua existência.
James Matthew Barrie mais novo 

Nota: no filme “Em busca da terra do nunca” sugere que Barrie já teve a Síndrome de Peter Pan, na cena do dia da estreia da peça, depois que a peça termina um senhor aponta para George e pergunta:
- então este é o Peter Pan?
George responde:
- não!
Aponta para Barrie e diz:
- este é o Peter Pan!
Numa cena de dialogo entre Barrie e Sylvia, onde Barrie conta sobre a morte do seu irmão, sugere que este foi o acontecimento que deu inicio a síndrome de Peter Pan em Barrie.
Nota2: no livro “A síndrome de Peter Pan” de Dan Kiley, dá a entender que foi Barrie quem descobriu a síndrome, pois no livro tem exemplos com cenas e diálogos da historia.
 
Capa do livro a Síndrome de Peter Pan




sábado, 28 de junho de 2014

Icnêumon

                   Icnêumon

O aguilhão das fêmeas de Icneumoídeos mede em media cinco centímetros, mas pode chegar a quinze centímetros; o aguilhão não serve apenas como defesa, mais também é usada na reprodução. As larvas da fêmea do Icnêumon não comem madeira, mas outras larvas, por isso a fêmea põem seus ovos dentro de outras larvas, como se fosse um parasitismo; para localizar as larvas, a fêmea vai batendo com as patas traseiras na superfície do tronco, através das ondas sonoras que se propagam pelo tronco, a fêmea consegue saber se a madeira é maciça ou se há galerias cavadas pela larva, pois a variação de som é diferente.
Quando a fêmea acha uma larva, ela tem que fazer um trabalho demorado de perfuração da madeira que leva vinte minutos, firmando bem as pernas, fazendo pressão para baixo, com constantes vibrações; ao chegar à larva, ela introduz nela um pequeno ovo que mais tarde será outra larva.




Marta (europeia)

              Marta (europeia)

Mesmo tendo oitenta centímetros de comprimento (incluindo a cauda), a marta pode descer ao solo (caso não ache comida no alto das arvores), que não será atacada por nenhum predador, isso graças a sua agilidade e fúria que fazem com que o combate seja duro demais. Elas são solitárias e ferozes, e hostis até mesmo com outras martas, não admitem estas em seu território, assim elas demarcam com urina as arvores onde elas estão acostumadas a passar, como se fosse um aviso para as outras martas.

Em janeiro é a fase mais rigorosa do inverno na Europa; e também começa a estação de acasalamento entre as martas, e os machos rivais travam combates pelas fêmeas. Algumas semanas depois que os filhotes nascem, eles acompanham a mãe na caçada (apenas observando), para aprenderem através do exemplo dela.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Narceja

                    Narceja

Pouco antes do sol se por, a narceja sai de seu ninho a procura de alimento, voa numa altura de cinco a dez metros, pois é nessa camada baixa que conseguem capturar os insetos voadores, ele costuma andar sozinho ou em casal, raramente em bandos pequenos. Para se defender dos predadores, ela possui olhos numa posição onde pode enxergar em quase todas as direções, e sua plumagem ajuda-a disfarçar-se. As narcejas maiores chegam a medir quase quarenta e cinco centímetros, e seus bicos tem uns oito centímetros.
Para atrair a atenção da fêmea, o macho faz grunhidos que podem ser ouvidos a quinhentos metros de distancia; e uma hora antes de anoitecer, ele começa a fazer evoluções aéreas (como giros e piruetas), depois desce próximo à fêmea e abre suas asas e cauda.

A fêmea constrói seu ninho numa simples depressão do terreno, que é forrado com musgo, ervas e folhas secas; lá ela põe quatro ovos, o tempo de incubação dura três semanas, durante este tempo em que fêmea passa dia e noite no ninho, o macho lhe traz comida, mais nunca se reveza com ela para chocar os ovos. Quando a fêmea percebe algum perigo próximo ao ninho, ele transporta os filhotes pra longe do ninho (um a um), presos entre as pernas e o corpo da mãe; caso o perigo seja um predador que esteja muito próximo do ninho, ela finge-se de ferida e depois corre, para atrair o predador pra longe do ninho.

Javali

                    Javali

Como a maioria dos suínos, o veneno da cobra fica retido na gordura do javali, assim caso apareça alguma cobra, ataca-la sem hesitar. No bando chega a ter de seis a dozes javalis, costumam andar em fila indiana, guiados por uma fêmea adulta; a hora de comer é quando o chefe para, que é como um sinal para todos comerem; para procurar comida ele conta com seu olfato e ouvido aguçadíssimos, caso a fome aperte ele pode virar um predador, e ao achar uma presa pequena (como uma lebre), basta golpea-lá com focinho de baixo para cima, que a presa será morta só com este golpe, isso por causa dos seus caninos longos e curvos, que causa uma grande ferida.
No inverno os javalis migram para ilhas mais próximas, para chegar até lá eles atravessam: rios, montanhas e até braços de mar. Nessas migrações vários bandos de javalis costumam se juntar para percorrer centenas de quilômetros.
O javali pode correr mais de 50 km/h, e o macho pesa trezentos quilos; para aliviar a coceira dos parasitas o javali costuma se esfregar nas arvores e mergulhar na lama, pois quando o barro secar ele terá proteção prolongada.
Entre novembro e janeiro, os machos começam lutar pelas fêmeas, mas essas lutas não são mortais e o vencido é expulso do bando. As fêmeas podem ter de dois a oito filhotes por vez, dependendo da idade e do tamanho; caso a fome aperte a fêmea é capaz de devorar as próprias crias.



Arganaz

                   Arganaz

A toca do arganaz geralmente é entre as raízes ou no oco de alguma arvore, onde ele passa o dia dormindo (chegando a ser até doze horas de sono), e sai a noite a procura de comida. Na arvore é onde encontra a maior parte de seu alimento, para subir nela, ele vai escalando-a numa espiral, volteando o em círculos cada vez mais altos; e desce em linha reta com as pequenas garras fincadas na cortiça para não cair. Para passar de uma arvore pra outra, ele tem que cruzar o chão, nesta parte ele passa rapidamente para não ficar exposto aos predadores. Oque pode ajuda-lo com os predadores, é que se algum conseguir morder a sua cauda, ela parte-se quase sem sangrar, possibilitando assim a sua fuga.
Para se preparar para o inverno, o arganaz precisa comer muito (de frutas a bichinhos), para que se forme uma reserva de gordura em seu organismo, assim ele poderá passar a hibernação em longos jejuns; mas mesmo ele precisará acordar de vez em quando para comer, por isso ele guarda em sua toca alimentos como: castanhas, amêndoas, nozes e avelas.
Os filhotes nascem na primavera, e com poucos meses de idade constroem o ninho, que lhes servirá de abrigo durante o dia, mas é na toca onde se abrigaram para o inverno.

 
Arganaz subindo na arvore 

Serelepe Marsupial

            Serelepe Marsupial

Animal de hábitos noturnos, o serelepe marsupial passa praticamente toda parte do tempo em cima das arvores, pois é lá o seu refugio contra os predadores, e também é onde encontra a maior parte de seu alimento, como: frutas, resinas, néctar de flores, folhas aromáticas de eucalipto.
Quando quer passar de uma arvore para outra, ele salta e abre suas abas laterais, fazendo assim um planeio até a arvore desejada; na hora de pousar ele conta com seus dedos ágeis e sua cauda fortemente preênsil (que também serve com leme de direção para corrigir a trajetória) para agarrar-se ao galho desejado. Planando ele consegue percorrer dezenas de metros, e até mesmo centenas; a confiança deles é tanta para saltar que normalmente, as fêmeas saltam com os filhotes nas costas.
As fêmeas constroem seus ninhos por volta de junho - julho, para abrigar os filhotes; tendo um a dois filhotes por gestação, eles nascem do tamanho de moscas, até que seu desenvolvimento se complete eles ficarão dentro da bolsa da mãe durante semanas, mamando lá; mesmo quando se aproxima do desmame e começam a correr, eles ainda acompanham a mãe de uma arvore a outra.
O serelepe marsupial tem como seu território área imaginaria que circunda seu corpo, quando ele está em um galho, este galho passa a fazer parte do seu território, e nenhum outro bicho pode permanecer nele; quando acontece de dois serelepes estarem no mesmo galho, eles começam a lutar, mesmo que ambos caiam no chão, a luta continua até que o mais fraco fuja.
Serelepe Marsupial planando 



terça-feira, 17 de junho de 2014

Diabo da Tasmânia

            Diabo da Tasmânia

O diabo da tasmânia possui esse nome por três motivos:
·        Sua cor negra
·        Seus hábitos noturnos
·        Sua mania de matar mais do que o necessário para se saciar (que é o principal motivo)
Contando com dentes afiados capazes de triturar ossos; ele ataca aves, repteis e mamíferos maiores do que ele; depois caçar ele volta para a sua toca, que geralmente é uma fenda rochosa ou um covil natural onde ele se abriga com seus filhotes.

Quando é perseguido o diabo da tasmânia vai refugiar-se no rio, por isso em seu território vai estar sempre próximo de um rio. Caso algum animal descubra a sua toca, a sua defesa é lutar, por ter garras e presas fortes, mesmo que o animal seja maior ele tem chance de vencer.

Fragata Ariel

                Fragata Ariel

A fragata ariel pesa um pouco mais de um quilo, e chega a medir com as asas abertas (de ponta a ponta) mais de dois metros. Seu principal alimento é o peixe – voador, ela fica a sua procura em alto mar, às vezes sendo centenas de quilômetros de distancia da praia mais próxima; quando os acha, ela o engole de uma vez com dois ou três movimentos na cabeça, e continua voando, mesmo que o peixe pese quase tanto quanto ela; depois disso volta à praia.
Na primavera começa a época do acasalamento, as fragatas se reúnem as centenas; para atrair o interesse da fêmea, o macho incha seu papo de ar. Depois de escolhidos os casais vem a construção (ou reconstrução) do ninho (que os dois fazem juntos), tendo quase um metro de diâmetro, na construção do ninho é usado: ramos, folhas, detritos marinhos e material amassado.
O ninho geralmente é feito no alto das pedras costeiras ou no alto das arvores; caso a escolha seja a arvore, o ninho será feito de frente para o mar, pois é para onde os filhotes voaram, quando aprenderem a voar. Depois que ninho está pronto a fêmea põe um ou dois ovos nele.

Vombate

                  Vombate

Mesmo não sendo roedor o vomate tem o habito de roer constantemente, mais pelo fato de seus dentes crescerem continuamente, ele não precisa se preocupar com o desgaste dos dentes. Na construção de sua toca, o vombate conta com suas garras poderosas e pontudas para remover a terra, formando um túnel inclinado com até trinta metros de profundidade; quando chega ao fundo da toca, ele a alarga formando assim uma câmara espaçosa, que mais tarde será forrada com folhas e outros objetos macios; o trabalho para construir a toca dura muitos dias.
O vombate tem apenas um filhote por gestação (entre abril e junho), e como os demais marsupiais; após nascer o filhote ficará na bolsa da mãe até que seu desenvolvimento se complete; este período dura em torno de uns seis meses.
Quando algum animal invade a sua toca (como um cão), a sua defesa é prensar o animal contra a parede, sufocando e até esmagando-o.

 Existem duas especies de Vombates: o ursino (imagem de cima) com setenta centímetros de comprimento, e o hirsuto (imagem de baixo) com um metro de comprimento.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Pássaro Cetim

               Pássaro Cetim

Quando chega a primavera começa a época de acasalamento do pássaro cetim; nesse período o macho deve construir um abrigo para acasalar-se com a fêmea, caso o contrário nenhuma fêmea se interessará por ele. Primeiro ele começa montando um alicerce de pedrinhas, logo em seguida pega os ramos longos e desfolhados e os finca no chão entre os seixos para se manterem em pé; esse abrigo tem que ter duas paredes (sem teto), e medir trinta centímetros de altura, com sessenta centímetros de comprimento. Depois de pronto o abrigo vem a decoração, o macho tinge a as paredes com terra escura ou até pó de carvão, e sai a procura de objetos brilhantes (como conchas coloridas, cacos de vidro, pecinhas de metal, etc.) para encaixar no abrigo, e assim formando um fundo negro todo salpicado de reflexos e cores; tudo isso para atrair a atenção da fêmea.
Mas isso não é o suficiente para conseguir a aprovação da fêmea para o acasalamento; depois que a fêmea se acomoda no abrigo, o macho terá de dançar na sua frente, e cantar em pios estridentes para conseguir a aprovação.
Depois que conseguiu a aprovação da fêmea, e já houve o acasalamento; vem à construção do ninho, aí os dois constroem juntos; diferente do abrigo que é sempre feito no chão, o ninho é feito nas arvores, onde é mais seguro; lá a fêmea colocará dois a três ovos.

 
A construção do abrigo para o acasalamento

Mirmecóbio

                 Mirmecóbio

O mirmecóbio raramente come outra coisa a não ser cupim; para achar os cupins ele conta com seu olfato sensível, quando os acha numa arvore carcomida ele usa as suas unhas para arrancar as lascas da superfície, e chegar aos tuneis e galerias cavados por eles, e assim os recolher com sua viscosa e flexível; apesar de ter 52 a 54 dentes (mais do que o gambá), ele não os mastiga, engole direto.
Diferente dos marsupiais em geral, a fêmea não abriga os filhotes em sua bolsa, elas os amamenta no abrigo da toca enquanto aprendem a andar. Quando aparece algum predador, seu único recurso é refugiar-se no alto das arvores, caso não esteja perto de nenhuma, é quase certeza que seu predador o alcançará, pois ele se move de maneira muito lenta (em saltos curtos e bem espaçados). Para evitar os predadores o mirmecóbio às vezes fica sobre as pernas de trás, escuta e observa ao seu redor.
Andando em bandos pequenos o seu convívio é amistoso, apenas bricam de lutinha uns com os outros; o mirmecóbio tem 35 cm incluindo a cauda de 15 cm.


Ave Lira

                     Ave Lira

Os machos geralmente são solitários, mas quando chega o mês de maio, eles se reúnem para construir montinhos de terra e galho, para cada um deles; depois sobem neles e começam a cantar e dançar, além da cauda (de aproximadamente setenta centímetros) que se abre toda para cima exibindo uma plumagem colorida, assim começa o ritual de acasalamento. Às vezes os machos costumam trocar de montinhos até que as fêmeas atraídas pela exibição façam suas escolhas; depois de formados os casais (que não dura mais do que alguns dias), ficam para a fêmea a tarefa de construir o ninho, chocar os ovos e cuidar dos filhotes (depois que nascem). Logo depois que a fêmea constrói o ninho e põe um ou dois ovos nele, o macho a abandona e volta para sua vida solitária.
Por ter asas muito curtas e a cauda muito longa, a ave lira não pode voar, por isso quando aparece algum perigo, seu único recurso é correr, mantendo a cauda abaixada para enroscar-se entre os ramos.