terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Orca

                  Orca
Classe: Mamíferos
Ordem: Cetáceos
Subordem: Odontocetos
  A orca é conhecida como “baleia assassina” pelos seus ataques a pequenos barcos; costuma caçar sempre em bando, com o líder comandando o ataque. Ela consegue nadar a 60 km/h, com um corpo de quase dez metros de comprimento e pesando toneladas.
Ela tem 40 a 48 dentes pontiagudos, ela só usa os dentes para morder, não para mastigar; por que ela engole quase tudo inteiro; chegando a comer umas dez focas ou mais, por vez. Quando o líder do bando vai perseguindo uma presa cegamente em águas rasas; ele corre o risco de encalhar, levando o bando todo com ele.
Quando se prepara para uma imersão mais longa, a orca emerge cinco vezes para respirar; depois da quinta vez, mergulha por uns quatro minutos. O principal sentido de orientação de orca é uma espécie de sonar, como o de submarinos; emite ondas sonoras e percebe, pelo eco, a presa ou de obstáculos.

Fradinho

                               Fradinho
Classe: Aves
Ordem: Charadriformes
Família: Alcídeos
  Como o fradinho se alimenta principalmente de peixes, ele passa a maior parte do tempo na água, só vai a terra na época de postura e incubação de ovos, depois volta ao mar. Enquanto os filhotes são pequeninos, a mãe nada com eles as costas; para alimentar a prole, o fradinho pode carregar no bico três a quatro peixes de uma só vez. Os filhotes são abandonados pelos pais aos dois meses de vida; dois dias depois, eles criam coragem para nadar e voar, mas à noite, por temor aos inimigos.
Quando deixam os filhotes para trás, os fradinhos adultos voam para o mar alto, quando chega à estação migratória; o fradinho migra todo o ano, por causa do inverno; quando o frio aperta, o gelo recobre grandes áreas do oceano, ao norte, e é preciso vir mais para o sul; eles ficam ausentes por vários meses, mas voltam aos seus ninhos, sem o perigo de se perderem.

Raposa - Ártica

          Raposa – Ártica
Classe: Mamíferos
Ordem: Carnívoros
Família: Canídeos
  No fim do verão a caça rareia e a raposa – ártica tenta comer o que houver, de aves ariscas a crustáceos; ela costuma também seguir o urso polar para comer seus restos de caça, mais sempre mantendo certa distância. Em bandos esfaimados, elas se aproximam furtivamente de acampamentos e iglus para levarem o que puder.
Quando a toca da raposa – ártica é descoberta por um predador, ela cava outra toca na neve, num local mais distante e mais seguro, e transporta para aí seus dez filhotinhos, um por um, pendurados pelo cangote. A raposa – ártica habita regiões inóspitas do Alasca e da Rússia.

Alca

                    Alca
Classe: Aves
Ordem: Charadriformes
Família: Alcídeos
  As alcas costumam fazer seus ninhos no alto das pedras, no meio do mar; por que além da proteção, elas também aproveitam para ensinar seus filhotes a voar: quando os filhotes chegam à idade de voar, os pais os empurram de lá de cima, para que eles vençam o temor inicial. Muitas vezes as fêmeas disputam os ninhos; mesmo sendo apenas lugares lisos, no alto das pedras.
O ovo da alca tem cor e padrão de pintas diferentes dos demais da mesma espécie; ou seja, cada alca pode reconhecer seu ovo mesmo estando entre milhares de ovos de outras alcas. Assim quando ela sai para migrar sempre será capaz de reencontrar seu ovo quando voltar. No verão a alca fica nos fiordes do mar Báltico, e no inverno, quando as águas começam a congelar, ela procura áreas rochosas mais ao sul, como as do estreito de Gibraltar.
Para mergulhar atrás de peixes, a alca usa as suas asas como se fossem nadadeiras; assim ela pode percorrer certa distância, com mais rapidez e com maior profundidade.

Foca

                                     Foca
Classe: Mamíferos
Ordem: Carnívoros
  Para se adaptar a vida aquática, a foca (mamífero terrestre) converteu as suas pernas em nadadeiras, num processo evolutivo, para poder pegar peixes e fugir de seus inimigos com mais facilidade. Assim na água ela consegue ser mais veloz do que a maioria dos peixes, e ainda tem fôlego para ficar até uns oito minutos embaixo da água, mesmo nadando. Só que com essa evolução ela já não sabe mais andar: consegue apenas rastejar, às vezes depressa, mas sempre com esforço e dificuldade.
Andando sempre em bando, quando elas vão dormir, algumas ficam acordadas de sentinela, geralmente em lugares elevados, quando o perigo surge, as sentinelas dão o alarme: ladram como o cão, ou soltam potentes mugidos que acordam o bando todo. Cada foca tem apenas um filhote por vez e o defende do caçador a ponto de perder a própria vida, para que a cria possa fugir.

Ford Fusion 2.5

                   Ford Fusion 2.5

Ano: 2006
Montadora: Ford
Motor: dianteiro, transversal, 4 cilindros, 16v, 2488 cm3, 173 cv a 6000 rpm, 22,9 mkgf a 4000 rpm
Câmbio: automático de 6 marchas, tração deianteira
Dimensões: comprimento, 484 cm; largura, 183 cm; altura, 144 cm; entre eixos, 278 cm; peso, 1520 kg.
Velocidade: 182 km/h
Aceleração: 10,4 s (0 a 100 km/h)
Descrição: O motor 2.5 de 173 cv de potência a 6000 rpm (que substitui o 2.3 de 162 cv), feito com bloco e cabeçote de alumínio, trabalha agora com comandos variáveis tanto na abertura como na exaustão. E os coletores de admissão contam com dutos variáveis.
 

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Dodge Charge 1968

                     Dodge Charger 1968

Ano: 1968
Montadora: Dodge
Motor: 6 cilindros de 3,7 litros (225 pol3); v8 de 5,2 a 7,2 litros (318 a 440 pol3).
Potência: 145 cv a 4000 rpm; 230 cv a 4400 rpm a 425 cv a 5000 rpm.
Câmbio: manual de 3 ou 4 marchas, automático de 3 velocidades.
Dimensões: comprimento, 528 cm; largura, 195 cm; altura, 135 cm; entre – eixos, 297 cm; 1575 a 1642 kg.
Carroceria: cupê hardtop
Velocidade: 250 km/h (máxima)
Aceleração: 4,8 s (o a 96 km/h)
Descrição: fárois escondidos por um prolongamento da grade, seguia o estilo fastback, sem colunas centrais, mas com colunas traseiras.

Fiat Uno Mille

             Fiat Uno Mile

Ano: 1990
Montadora: Fiat
Motor: dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, 994,4 cm3, carburador de corpo simples.
Diâmetro X curso: 76 X 54,8 mm
Taxa de compressão: 8,5:1
Potência: 48,5 cv a 5700 rpm
Torque: 7,4 mkgf a 3000 rpm
Câmbio: manual de 5 marchas, tração dianteira.
Carroceria: hacth, 3 portas
Dimensões: comprimento, 364 cm; largura, 155 cm; altura, 144 cm; entre – eixos, 236 cm; peso, 801 kg.
Suspensão:
Dianteira: independente, McPherson
Traseira: independente, feixe de molas semielípticas transversal.
Freios: disco sólido na dianteira e tambor na traseira com servo
Rodas e pneus: aço, 13 X 4,5 pneus 1455r13 (Pirelli P4)
Velocidade: 135,7 km/h
Aceleração: 19,71s (0 a 100 km/h)
Descrição: um dos mais baratos do Brasil, e também o mais econômico para o uso na cidade.

BMW 750I

               BMW 750I

Montadora: BMW
Motor: dianteiro, longitudinal, V8, biturbo, 32v, 4395 cm3, 407 cv de 5500 a 6400 rpm, 61,2 mkgf de 1750 a 4500 rpm
Câmbio: automático/seqüencial, 6 marchas, tração traseira.
Dimensões: comprimento, 507 cm; largura, 190 cm; altura, 148 cm; entre – eixos, 307 cm; peso, 2020 kg.
Descrição: Alimentadas por imagens captadas por câmeras de vídeo, a central eletrônica consegue ler as placas de velocidade máxima nas laterais e sobre a pista. Se o motorista passar por uma delas acima do limite, o mostrador virtual apresenta o desenho de uma placa com a velocidade permitida. Com funcionamento indexado ao relógio e ao sensor de chuva, o sistema é desativado durante a noite ou sob chuva, situações em que a prudência manda aliviar o pé sobre o acelerador. Uma câmera térmica, integrada ao display no console central. Ela consegue identificar a presença de pessoas, numa distância de até cem metros, se o motorista estiver na rota de colisão com ela; sinais de alerta são exibidos nas telas central e virtual. Outras duas câmeras nos pára-choques, próximas às rodas, dão ao motorista a possibilidade de olhar para os dois lados num cruzamento.

Alce

                     Alce
Classe: Mamíferos
Ordem: Artiodáctilos
Família: Bovídeos
  O alce costuma ser silencioso durante o ano todo, mais no verão que começa a época do acasalamento, ele muge como um boi para atrair a atenção de alguma fêmea; mais para os outros machos esse mugido é visto como um desafio irritante; como todos os alces ficam excitados nessa época, nenhum deles rejeita uma luta: cabeça abaixada, os dois animais galopam um contra o outro, na corrida os cascos se entre chocam; o ritmo da corrida e dos cascos se acelera, até que um deles dando-se por vencido fuja, ou que o mais fraco morra. A hostilidade entre os machos vai cessando à medida que os casais vão se formando; principalmente porque nessa época todos eles perdem os chifres; mas todo ano a galhada volta a crescer, e cada vez maior e mais forte; com exceção das fêmeas que não cresce nunca.
Os chifres do alce levam uns seis anos para atingirem a plenitude do desenvolvimento: vinte quilos de peso e abertura de quase dois metros, entre as pontas.
Quando o pasto escasseia em terra, o alce trata de mergulhar nos lagos em busca de plantas aquáticas que se desenvolvem no fundo; o alce é capaz de manter-se sob a água por um minuto e meio.
Durante a primavera, o verão e outono, os alces vivem em bandos chefiados por um macho mais velhos, pastando tranquilamente nos bosques do norte; quando vai chegando o inverno, migram para as áreas mais quentes do sul, onde nascerão os filhotes gerados nove meses antes.

Boi - Almiscarado

       Boi – Almiscarado
Classe: Mamíferos
Ordem: Artiodáctilos
Família: Bovídeos
  O rebanho de boi – almiscarados é sempre liderado por uma fêmea; quando chegam a uma região pedregosa, eles saltam de uma pedra para outra, com bastante precisão e equilíbrio, por serem mais chegados dos cabritos e dos carneiros, do que dos próprios bois.
A aparência robusta dele é por causa das duas camadas de pêlo espessas: a camada de baixo, formada por pêlos mais duros, como cerdas de uma escova, é recoberta no inverno por uma lanugem que chega perto do chão. Em maio e junho, quando começa o verão, cai a camada externa de lã que recobria durante o inverno.
Quando são atacados por um bando de lobos, eles assumem a formação de defesa: os adultos se dispõem em circulo, com os chifres voltados para os atacantes, e os filhotes ficam sempre ao centro protegidos; todo o lobo que tentar se aproximar é logo escorraçado a chifradas.
No verão, os machos costumam lutar entre si pela posse das fêmeas; mesmo sendo combates violentos raramente são mortais. O boi – almiscarado tem em média um metro e vinte centímetros de altura e 2,5 de comprimento, incluindo o rabo.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A Arte da Grécia 2 - A Escultura

      A Arte da Grécia 2 – A Escultura
  A escultura com os gregos atingiu um nível extremamente elevado, bastam os numerosos escritos da época para testemunhar. Estes escritos têm valor duplo: as descrições permitem identificar estatuas celebres e atribuí-las aos escultores que a Antiguidade considerava como mestre.
Quando os gregos começaram a esculpir as estatuas dos seus deuses, toda a força da tradição religiosa estava atrás deles, levando-os a procurar a forma que desse melhor concepção humana da divindade. Uma vez que os deuses eram a imagens dos homens, as suas estatuas deviam aproximar-se da realidade. Mas, logo que o escultor foi capaz de talhar uma figura realista, teve de conceber e reproduzir formas mais perfeitas das que se encontram na terra, formas simultaneamente humanas e sobrenaturais.
Estas formas idealizadas não foram atingidas de uma só vez, os cento e cinqüenta primeiros anos da escultura grega, em 480 a.C., foi um período de tentativas, de estudo do corpo e das suas possibilidades, de luta com a pedra, para conseguir antes de mais nada formas realistas. No inicio, os escultores não sabiam como reproduzir o corpo com exatidão, nem até onde podiam talhar a pedra sem correr o risco de ela se partir.
O estudo anatômico é característico, o escultor indica as divisões musculares do torso, as articulações da rotula e torna visível a estrutura óssea do corpo.
Quase todas as estátuas eram coloridas, acredita-se que a escultura era monocromática, e essencialmente de mármore branco. Mas todas as grandes épocas utilizaram à policromia. Inúmeras obras gregas eram pintadas de vermelho-vivo ou de azul, menos frequentemente noutras cores; geralmente os pormenores tinham as seguintes cores: negro para os cabelos e olhos, vermelho para os lábios e cores diversas para os motivos das vestes. Estas cores salientavam a beleza da obra e contribuíram para o seu aspecto realista.
Se o movimento tende a criar uma figura viva, a precisão anatômica também contribui para isso. Os músculos do torso já não são representados por linhas, mas modelados para obter volumes que evocam o corpo de um jovem vigoroso. Geralmente os escultores se inspiravam nos jovens atletas para as suas obras; nos ginásios, os jovens treinavam nus; o artista grego que podia observar estes jovens, era sob este ponto de vista, um privilegiado. Assim, a anatomia masculina depressa se tornou familiar, tanto como ao público. De resto, o estudo do corpo masculino estava muito mais avançado do que o do corpo feminino. As esculturas das mulheres conservaram durante muito tempo as características arcaicas.
Os gregos achavam que o corpo da criança era demasiado imperfeito para merecer o interesse do escultor; do mesmo modo, a velhice, sinônimo de declínio físico, não era digna de ser representada em pedra. O escultor procurava apenas reproduzir o corpo como ele deveria ser e não como ele era na realidade, eliminando todas as particularidades acidentais ou individuais que pudessem desviar a atenção da harmonia geral.  
  

 

Megáptero

              Megáptero
Classe: Mamíferos
Ordem: Cetáceos
Família: Balenópteros
   Megáptro significa “asas grandes” em grego; por causa das suas grandes nadadeiras que esta espécie baleia recebeu este nome, com elas, ela é capaz de nadar até uns 45 km/h, mesmo tendo um corpo de quinze metros.
No seu período de acasalamento anual, ele costuma dar grandes saltos, ficando com seu corpo todo na vertical sobre a água; cada casal produz um filhote por gestação, que dura um ano, o filhote nasce no inverno; para amamentá-lo a fêmea só flutua de lado.
Os megápteros costumam migrar: na primavera, os bandos nadam a procura de águas mais frias; no outono, nadam na direção de águas mais quentes.
Quando ele vai se alimentar: primeiro, ele nada contra o cardume, com a boca aberta; depois, com a boca semifechada, expele os peixinhos na cortina de barbatanas. Para se livrar dos parasitos que o incomodam, ele se esfrega contra as rochas ou vai nadar em rios onde a água doce é mortal para os bichinhos; mas ele corre perigo de encalhar.
  

Tarânbola Dourada

           Tarâmbola Dourada
Classe: Aves
Ordem: Charadriformes
  Apesar das asas pequenas, a tarâmbola dourada consegue voar a 180 km/h, por centenas de quilômetros; supera grandes pássaros em alcance de migração, costuma duas vezes por ano. As espécies americanas voam do Labrador até a Patagônia, no extremo da América do Sul, no inverno.
O acasalamento, também entre as tarâmbolas-douradas, é precedido por volteios e suaves apelos de canto por parte do macho. É uma exibição de atributos, em que o macho procura acentuar seu vigor e juventude.

Lince

                Lince
Classe: Mamíferos
Ordem: Carnívoros
Família: Felideos
  O lince costuma marcar seu território afiando as suas garras nos troncos das arvores, que servem como sinais de posse, que são reconhecidos por outros linces adultos; cada lince vive num território particular de caça, geralmente uma área de uns mil hectares.
A visão do lince é tão aguda que ele enxerga uma presa a cem metros de distância tranqüila; por causa dessa agudeza os romanos acreditavam que ele podia enxergar através das paredes. O lince não receia entrar na água e nadar, ao contrário dos outros felinos, quando isso lhe facilita acesso à presa. O lince não costuma correr quando vai caçar, por causa dos pêlos das solas das patas, que facilitam o andar na neve, mas dificultam o galope; além de que ele não tem muito fôlego para longas perseguições em alta velocidade; ele costuma andar bem devagar, aproximando-se furtivamente da presa; quando vai chegando perto, rasteja até uns dois metros dela, daí faz o ataque surpresa, rápido e certeiro.
Geralmente o lince tem dois filhotes na primavera, podendo ser no máximo quatro; durante os nove meses seguintes eles viverão do leite e da caça que a mãe lhes der; só depois é que começarão a caçar.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A arte da Grécia - A Arquitetura

A arte da Grécia – A Arquitetura
  A arquitetura foi a primeira forma artística a aparecer, é durante os séculos obscuros que se sucederam as invasões, que surgiram o templo e as duas principais ordens arquitetônicas, uma delas é a combinação especifica de três elementos arquitetônicos: base, coluna, entablamento.
A ordem principal é a dórica, que no seu apogeu, no século V a.C., testemunhava um raro equilíbrio entre a solidez maciça e o refinamento, graças a uma harmonia entre os diferentes elementos e o conjunto que nunca foi ultrapassado. De acordo com a sua função, cada parte de uma estrutura arquitetônica pertencia a uma das três categorias seguintes: os elementos de base, os elementos de suporte e os elementos superiores. A ordem dórica respeita estas funções em cada uma das divisões, até nos mais baixos pormenores secundários. Os elementos da ordem dórica são:
- estereóbato
- entablamento
- capitel
- arquitrave
- friso
- cornija
O estudo da ordem dórica levanta dois problemas: até que ponto está arquitetura foi influenciada pelas civilizações anteriores?
Foi ela criada diretamente em pedra ou será uma transposição para a pedra de uma construção de madeira?
Os primeiros gregos podiam ter utilizado troncos de arvores nas suas colunas, mas parece absurdo pensar que tivessem escolhido arvores tão grossas para colocá-las tão perto uma das outras. Alguns respondem a isto, que as proporções das colunas foram adaptadas quando se passou da madeira à pedra. A sua teoria foi baseada nos próprios elementos da ordem e em certos dados históricos.
Os gregos encontraram rapidamente a planta definitiva do templo durante os primeiros séculos da sua história. O edifício compreende uma câmara retangular, a cela, ou santuário, cercado por uma colunata livre. Esta planta, a que se juntaram por vezes uma ou duas câmaras atrás da cela, foi adotada a partir dos séculos VIII e VII, mantendo-se até o final da história grega. Templos menos importantes, como o de Atena, Niké em Atenas, não tem colunas laterais. Os arquitetos trabalharam esta planta durante séculos e esse longo período de aperfeiçoamento explica a harmonia do Parthénon. O Héraion de Olímpia é três vezes mais comprido do que largo, com seis colunas à frente e atrás e dezesseis dos lados. Os edifícios mais recentes como o Parthenon são menos alongados, sendo o seu comprimento apenas duas vezes superior a largura. Geralmente, os templos do século V a.C. têm dos lados um numero de colunas duplas do da fachada e mais uma.
O entablamento tornou-se menos importante com o tempo, em relação à altura total do templo ou à das colunas. Inicialmente o entablamento era uma massa esmagadora cuja altura era quase igual à altura da metade da coluna; representava um terço da altura do edifício (calculada a partir do estilóbáto). No século V, o entablamento tinha apenas um terço da coluna, ou seja, um quarto da altura total.
Paralelamente, o fuste da coluna alongou-se proporcionalmente ao diâmetro da base. No inicio, a altura das colunas podia medir cinco vezes esse diâmetro.
Estas proporções não indicam evidentemente a altura efetiva da coluna, que depende das dimensões do templo. O ultimo elemento de que se deve assinalar a evolução é o eqüino. Nos capitéis do Héraion descreve uma curva pronunciada, mas, mais tarde essa curva torna-se menos marcada e descreve um ângulo de cerca de quarenta e cinco graus com o fuste. A capacidade de suporte foi assim aumentada e o conjunto tornou-se mais elegante.
Esculturas em relevos ornavam os frontões e as métopes eram talhadas em alto-relevos; esculturas colocadas por cima dos ângulos do frontão deviam atrair o olhar para o cimo do edifício. Estas decorações só figuravam no cimo do templo; para a base eram reservadas formas mais simples. A cor também desempenhava um papel: o vermelho vivo e o azul fazia sobressair às pequenas molduras do entablamento, que de outro modo não seriam visíveis do solo.
A ordem jônica, que proliferou nas ilhas do mar Egeu e na Ásia Menor, era considerada pelos gregos como uma ordem feminina; distingue-se da dórica por possuir um envasamento individual para cada coluna.
Tal como o entablamento dórico, o jônico compreende uma arquitrave, um friso e uma cornija, mas a arquitrave está dividida em três bandas ornadas com pequenas molduras.
Adimite-se universalmente que a ordem jônica provém da construção de madeira. Quando a ordem foi adaptada à pedra, as proporções tornaram-se um pouco mais maciças, mas nunca tanto quanto a ordem dórica. Os exemplos mais belos da ordem jônica, assim como da ordem dórica, datam do século V a.C.

  

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A Arte da Mesopotâmia

         A arte da Mesopotâmia
  A civilização Mesopotâmica nasceu no quarto milênio a.C.,   provavelmente pouco antes da civilização egípcia, no Vale do Tigre e do Eufrates. As populações que aí se misturaram através dos milênios deixaram-lhe, cada uma delas, a sua marca pessoal, criando uma civilização diversa nas suas expressões artísticas.
No vale inferior do Tigre e do Eufrates não havia madeira nem pedra. Estes materiais tinham que ser trazidos de longe; por outro lado abundava argila. Daí nasceu uma arquitetura feita de tijolo. A ausência relativa da pedra trouxe desvantagens, principalmente na escultura, uma vez que, embora a argila se trabalhe facilmente, o resultado obtido não é monumental nem resistente. Comparada com a arte egípcia, a arte da Mesopotâmia é assim bastante limitada.
Os Suméricos acreditavam numa vida futura, mas para eles essa vida não dependia da subsistência do espírito através de objetos materiais ou  da sua imagem.
O artista celebra principalmente o rei e seus feitos de caça e de guerra; pelo menos baseado na maioria das esculturas que parecem ter sido realizadas por ordem de um monarca. As divindades são representadas quer como protetores do rei; quer como objeto do deu culto.
Os Mesopotâmicos pouco se interessavam pelos túmulos, que não tinha para eles valor religioso. Os palácios e o templo (torre do templo) em contrapartida ocupavam um lugar importante.
Os palácios dos reis Assírios eram construídos tanto para fins militares como domésticos. As condutas eram abobadadas a fim de poderem suportar o peso do edifício. O tijolo era igualmente utilizado na construção do único andar do palácio. A cobertura servia provavelmente de terraço.
A estreiteza da sala deve-se aos materiais utilizados e aos métodos de construção que estes impunham. O tijolo seco ao sol não é suficientemente resistente, pelo que o uso da coluna é excluído, embora tenham sido construídos alguns vestígios de colunas de tijolo. O tijolo exige parede espessas com muito poucas aberturas; não pode servir de viga, e, uma vez que a madeira mais acessível era a do cedro do Líbano (preciosa e de longo transporte), os construtores Mesopotâmicos foram obrigados a recorrer ao arco e a abóbada. As condutas distribuídas pelas plataformas mostram que conheciam vários tipos de abóbadas. Cilíndricas ou esféricas, a sua fraca resistência obrigava os construtores a conceber  peças compridas e estreitas; também as dimensões quadradas eram provavelmente abobadas. Tinha uma cobertura plana, separada das abóbadas por uma camada de tijolos ou de argila. O peso desta cobertura exigia paredes sólidas.
               A Escultura
  Sobretudo a escultura que é interessante: monstros talhados na pedra à frente dos pórticos, frisos ou baixos-relevos que narram os altos feitos do monarca, na caça ou no campo de batalha.
Na Mesopotâmia, o realismo anatômico era travado pelos trajos: os homens e mulheres da Suméria e da Babilônia usavam pesados trajes. A massa cilíndrica dessas vestimentas criava um efeito muito escultório na sua densidade e levava a uma simplificação das formas. As partes visíveis do corpo testemunham o espírito de observação dos escultores: pode ser visto claramente as articulações, as unhas dos dedos e os tendões dos pés.
Alguns baixos-relevos ornamentam a parte inferior das paredes das principais salas dos palácios.
Se na arte assíria os seres humanos são representados segundo convenções severas, os animais são desenhados com maior liberdade.   

A Arte do Irão (Persia)

                   A Arte do Irão
  Os arqueólogos descobriram peças de olaria da época. Pré-histórica, 4000 a 3000 anos a.C; no país situado no Vale do Tigre e do Eufrates e a leste desta região, nos planaltos e vales arenosos do Irão(Pérsia). Foi descoberta em Samarra, em Susa e outras regiões, uma cerâmica, nitidamente diferente da que se fazia na Babilônia. Os principais motivos decorativos são: a cruz gamada e o losango, a cabra montês, e a serpente, e colinas triangulares. Nessa região árida, as arvores são outro motivo importante, tal como os pássaros, os touros e os carneiros. O homem é menos representado, sendo reduzido a uma figura geométrica muito simples. Estatuetas em volume inteiro, de deuses e deusas, especialmente as deusas da fertilidade, foram encontradas ao mesmo tempo em que as armas e utensílios habituais, de sílex, de pedra ou argila. O artesanato atingiu um alto grau de perfeição, pela clareza da composição e a estilização maravilhosamente sensível das formas extraídas do mundo de todos os dias.
Na idade do bronze, cerca de 2700 a.C, estes motivos foram adaptados aos frisos, aos ornamentos de arreios, às armas e as jóias descobertas em Luristão. Os artesãos fabricavam toda espécie de caparazões e de arreios, para os criadores de cavalos luristaneses que viviam a leste de Samarra e de Susa, com a ajuda de uma técnica cuja origem data talvez a 3000 anos a.C, e vinda provavelmente da Armênia; a habilidade e o talento artístico destes artesãos do bronze não tinham rival no antigo próximo Oriente.
As armas do Luristão são ornadas com animais vigorosos e expressivos, assim como os vasos e as taças, que datam do século IX, mas neste caso o metal é em relevo. Estas formas leves, elegantes e animadas, cheias de vida, embora simplificadas, já testemunham o gênio particular que ia illuminar a arte Persa.
                           Arquitetura
Palácio de Xerxes, em Persépollis
século V a.C.
  Os palácios são impressionantes, principalmente os de Persépolis e de Susa, construídos com os materiais trazidos dos quatro cantos do império; o conjunto de palácios de Persépolis era o mais majestoso até então erigido pelo homem, com suas imponentes colunas esguias. O sistema muito complicado de canalizações e de esgotos abertos na plataforma rochosa parece provar que o plano inicial das salas e dos locais de habitação devia datar do século VI, que viria a ser erguido pelos arquitetos ulteriores.    

A Arte em Creta e no mundo Egeu

    A Arte em Creta e no mundo Egeu
  O palácio de Cnosso compreende tantas salas com um palácio mesopotâmico, mas a sua planta é mais evoluída; as ruínas datam do segundo milênio (1700 a 1500 a.C.). Os diferentes elementos estão dipostos em torno de um pátio central e, embora a sua finalidade não sejam tão evidentes, certas salas está agrupada, conduzindo cada uma delas a outra, segundo uma ordem bem estabelecida. O palácio Cretense tinha pelo menos dois andares, talvez três ou quatro. Eram necessárias escadas, e, como a escada é um elemento de ligação entre dois níveis, o arquiteto devia conceber a sua disposição em relação aos diferentes andares antes de construir o rés-do-chão, o que exigia conhecimento arquitetônico para alem dos rudimentares.
A descoberta das peças de olaria egípcia em Creta prova a existência de relações comerciais com esse país, fato confirmado por numerosas pinturas. Os homens vermelho-acastanhado e as mulheres amarelo-pálido fazem lembrar as tonalidades similares utilizadas no vale do Nilo. Também as convenções estilísticas na representação do corpo têm certas similitudes: olhos de frente numa cabeça de perfil, ancas ainda mais estreitas e ombros ainda mais largos.
Apesar das semelhanças, a pintura Minóica difere da pintura egípcia. O artista cretense sabe escolher os efeitos e limitar-se; em vez sobrecarregar a composição com inúmeros pormenores, utiliza os vazios para evidenciar o essencial.
A presença freqüente do touro na arte Egeia permite supor que este animal tinha um caráter sagrado, mas os arqueólogos ainda procuram determinar a sua significação exata. 

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A Arte do Egito 2 - Os Templos

A Arte no Egito 2 - Os templos
  A arquitetura das pirâmides não pode ser comparada com a dos templos. O templo de Esfinge em Gizé, um dos mais antigos conhecidos, construídos na IV dinastia, está excepcionalmente bem conservado. O edifício é particularmente severo, com os seus monólitos de granito que suportam lintéis da mesma matéria.
 Para iluminar o interior o arquiteto inventou a clarabóia; a cobertura da parte central era mais alta do que a das naves laterais, permitindo assim uma colocação de uma fila de pequenas janelas.
 O templo de Khonsu, em Carnac, construído no Novo Império, exibe todos os elementos do templo egípcio tradicional. Uma alea rodeada de esfinges constitui o seu eixo principal. O primeiro elemento do templo é o pilão, pórtico monumental flanqueado por duas torres maciças. O peristilo vem atrás do pilão, pátio com pórticos (em três ou quatro lados). Este pátio conduz à sala hipostila, cujo teto é sustentado por traves de colunas. Por fim, o templo comporta um santuário, colocado atrás desta sala.
 Estes quatro elementos - pilão, peristilo, sala hipostila e santuário - seguem-se logicamente e correspondem as suas funções determinadas.
 A altura da seção do edifício diminui gradualmente desde a entrada até o santuário. Num movimento correspondente, o chão do hipostilo é um pouco mais alto que o do peristilo e do santuário mais alto do que a da sala hipostila. Assim, a altura real de cada unidade diminui por degraus. Além disso, como o peristilo é bem iluminado, a sala hipostila, recebendo luz apenas dele, é por tanto relativamente sombria, enquanto o santuário, iluminado somente pelo hipostilo, está submerso na obscuridade. Este escurecimento progressivo devia tornar ainda mais secreto à residência do deus.
 As paredes inclinadas do pilão, comparáveis as das mastabas, revelam de novo o desejo da eternidade dos egípcios (esta estrutura também devia defender o edifício contra a natureza). O uso do lintel e do mainel é quase geral devido à estabilidade e a simplicidade do sistema. Embora a abóbada tenha sido conhecida pelos egípcios, o seu dinaminismo era contrário ao gênio deste povo; ela só aparece em edifício de caráter estritamente utilitário.
 O capitel é a parte da coluna que fica por cima do fuste. Os três capitéis egípcios inspiram-se, em botões, flores ou folhas de certas plantas; esses três tipos de capitéis são: lotiforme, campaniforme, palniforme.
 O pilão e o peristilo foram sempre ornados com representações gravadas ou pintadas, que mostram o rei a capturar ou matar seus inimigos. O faraó é representado numa escala maior que dos outros personagens, para evidenciar sua superioridade; em contrapartida, nas salas hipostilas, a ação é menos violenta.
 Para as divindas imortais eram precisas residências indestrutíveis; por outro lado, as habitações, inclusive os palácios reais, tinham um caráter puramente temporário; construídas de tijolo desapareceram rapidamente. 

A Arte do Egito 3 - As pinturas e escultauras

 A Arte do Egito 3 – As pinturas e esculturas
  O espírito religioso que inspira a arquitetura exprime-se também na escultura egípcia. Qualifica-se frequentemente a escultura do antigo império realista, a do médio império de estilizada e convencional; mas estes termos são muito relativos. Se for entendida por realismo uma reprodução exata da natureza e por estilização a redução de certas formas ao esquema ou ao símbolo, não há duvida de que o retrato egípcio mais realista é estilizado; já que as estatuas dos faraós são frequentemente idealizadas; o seu caráter está geralmente atenuado, devendo os seus traços evocar, antes de qualquer coisa, o poder e a imortalidade.
 Certas características transmitem-se de dinastia em dinastia. O desejo de imortalidade comanda a escolha dos materiais e as proporções da obra.

Esfinge de Gizé
2 metros de alutra
74 metros de comprimento total
IV dinastia, a cerca de 2700 a.C

 O amor pelas grandes dimensões que se observam nas pirâmides encontra-se na esfinge de Gizé. A cabeça deste animal fabuloso é um retrato idealizado do faraó Kefren, que está ligada a sua pirâmide.
 As grandes dimensões vêm com a intenção de sugerir a imortalidade. A escolha de materiais resistentes é também um modo de assegurar a permanência. Outros materiais pouco resistentes, como o calcário, o grés e mesmo a madeira, foram muito utilizados, mas as pedras duras, como o basalto, o diorito e por vezes o granito, foram empregadas mais frequentemente.
 O fato de uma esfinge poder substituir o corpo do defunto se este fosse destruído esteve na origem de numerosos retratos. Estes, principalmente a cabeça era relativamente realistas, principalmente no mais antigo império; este realismo é inversamente proporcional à situação do interessado.
 Se as estatuas das classes inferiores são esculpidas com certo realismo, as dos faraós são idealizadas para marcar o seu caráter semidivino.
                 Escultura em relevo e Pintura
 Se a influência da tradição é primordial na escultura em volume, o seu papel é ainda mais indiscutível na escultura em relevo e na pintura; dois modos de expressão que para os egípcios foram fundamentalmente um só, já que a pintura estava a serviço da escultura em relevo, quando não era uma imitação mais econômica dela.
 Três métodos eram frequentemente utilizados:
- o baixo-relevo: consiste em esculpir figuras com ligeira saliência.
- escultura escavada: as figuras são modeladas, mas o último plano não é talhado em profundidade, de modo que o assunto não se despega da superfície da pedra.
- gravura: menos caro; consiste em gravar unicamente os contornos das figuras.
 Os relevos ornavam as paredes dos templos e dos santuários. A sua finalidade era contar e glorificar os altos feitos dos reis, descrever hábitos religiosos ou representar as atividades humanas necessárias à vida futura. Muitas vezes, os egípcios chegavam a meter hieróglifos nos espaços vazios. Todas as considerações estéticas estavam subordinadas a esta necessidade de narração.
 As representações também são angulosas, porque cada pormenor foi desenhado na sua forma mais significativa e cada figura na atitude mais característica.
 As cenas são pintadas com alguma tonalidade igualmente convencionais, aplicadas em camadas uniformes, isto é, sem modificações de cores ou de valores no interior dos contornos. A pintura egípcia não conhece sombras. A paleta disponível é muito reduzida: um vermelho-tijolo para a pele dos homens, um ocre amarelo para a das mulheres.
 A fim de atrair a atenção para um determinado personagem colocado no grupo, desenha-se esse personagem numa escala superior. A pequena dimensão dos subordinados permite também colocar vários deles no mesmo espaço. Mais do que dividir a parede em cenas separadas, o artista egípcio dispõe os personagens em bandas; passa-se assim, sem interrupção, de uma cena a outra. As bandas também podem estar dispostas umas sobre as outras. Para criar um efeito de perspectiva, o pintor moderno coloca um motivo atrás de outro, a superfície do solo a diminuir para o horizonte, segundo linhas convergentes. O pintor egípcio desenha uma linha horizontal para representar o solo e distribuir nele os seus personagens, depois desenha outra linha semelhante por cima das suas cabeças: portanto nenhum efeito de perspectiva.