quinta-feira, 10 de março de 2011

O Ballet dos Contos de Fadas

O Ballet dos Contos de Fadas
Ambas com música de Ichaikovsky; A Bela Adormecida e a Suíte Quebra – Nozes contam duas famosas histórias de fadas.
       A Bela Adormecida
A Bela Adormecida é um dos ballets mais dispendioosos, e raramente é levado completo. A maior parte das vezes é representada uma forma abreviada do mesmo, chamado “O casamento de Aurora”.
O argumento de Bela Adormecida é baseado no celebre conto de Perrault; a coreografia de Bela Adormecida é de Marius Petipa; os principais trechos dela são: o pas – de – deux da Princesa Aurora e do Príncipe encantado, e o pas – de – deuz do Pássaro Azul.
 
            Quebra – Nozes
A coreografia de Quebra – Nozes é de Lev Ivanov; e o argumento é baseado num conto de  Hoffmann, “O quebra – nozes e o rei dos Camondongos”.
O Quebra – Nozes raramente aparece completo; em geral são levados alguns trechos dele, como o pas – de – deux da Rainha da Neve e do Rei da Neve, oou então a dança das flores, ou o pas – de – deux da Fada do Açúcar.

O Lago do Cisne (Ballet)

    O Lago do Cisne (Ballet)
  O Lago do Cisne representado em 1877 foi um verdadeiro malogro, principalmente pela coreografia muito fraca; Tchaikovsky escreveu a musica especialmente para essa peça. Em 1894 foi revido com a coreografia de Petipa, e, finalmente, completo, em 1895, com a coreografia de Petipa e Lev Ivanov.
A história é a seguinte:
1° ato – Um grande festival é dado em honra do príncipe Siegfried, que está comemorando sua maioridade. Ele deverá escolher uma noiva no baile à noite. Neste ato, há diversos divertissements.
2° ato – O cenário é um lago, onde vivem cisnes encantados, que durante a noite se transformam em belas jovens e ao amanhecer voltam a ser cisnes. O príncipe foi caçar cisnes com os amigos e encontra a rainha dos cisnes, Odete. Apaixona-se por ela, e convida-a para ir ao seu baile. Há, neste ato, uma serie de pás – de – deux, pas – de – trois e pas – de – quatre. Amanhece, e os cisnes partem, tendo antes o príncipe jurado amor eterno.
3° ato – O baile começou; aparece Odile, o cisne negro, com Voon Rothbart, conhecido como o Cavaleiro do Cisne Negro. Odile parece-se estranhamente a Odete; e Von Rothbart é o encantador dos cisnes. O príncipe dança com Odile, pensando que é Odete, e pede-a em casamento. Odile fica tão contente que realiza 32 fouttés (famosos na história do ballet). Era exatamente isto que desejava Von Rothbart, pois assim quebrava o amor, que iria destruir o encantamento.
4° ato – É noite, e os cisnes esperam Odete; esta chega desesperada com a perfídia de Von Rothbart. O príncipe volta e explica o truque e quebra assim o encantamento. O feiticeiro, para matar todos os cisnes, faz com que o lago se encha. O príncipe resolve morrer junto com Odete; e esse seu gesto de sacrifício quebra definitivamente o encantamento. Odete toma a sua forma humana para sempre, assim como todos os outros cisnes.
O “Lago do Cisne” permanece até os dias atuais como um dos mais puros clássicos existentes.
O 2° e 4° atos exigem uma grande capacidade expressiva, ao lado de uma excelente técnica, e o 3° ato exige uma capacidade excepcional. Em geral é encenado apenas o 2° ato.
Os dois principais papéis, Odete e Odile, é uma prova de fogo, para toda a bailaria clássica. Conseguiram dança-lo completo: Pierina Legnani, Anna Pavlova, Thamar Karsavina, Mathilde Kchensiskaya, Olga Spessivetzva, Vera Nemchinova e Margot Fonteyn.
Bailarinas que se destacaram no papel de Odete: Tâmara Toumanova, Mia Slavenk, Alexandra Danilova, Alícia Markova e Irina Baronova.


Coppelia (Ballet)

             Coppelia (Ballet)
  Coppelia foi produzida pela primeira vez em 1870. A coreografia é de Arthur Saint – Leon e a música de Leo Délives. 
Baseado num conto de Hoffmann conta a seguinte história:
Coppelia é filha do celebre Dr. Coppelius, que está sempre envolvido em invenções. Ela passa o dia todo, sentada na frente de uma janela, lendo um llivro. Frans, noivo de Swanilda, enciumado, consegue entrar na misteriosa casa do Dr. Coppelius juntamente com um grupo de jovens; e descobre que Coppelia não passava de uma simples boneca de dança. Disfarça-se então de Coppellia, e quando o Dr. Coppelius chega com Franz, que vinha a procura daquela, e ao qual Dr. Coppelius dá uma dose de bebida mágica, para ver se conseguia passar a sua vida para Coppelia, Swanilda começa a dançar. Franz está desacordado, e Dr. Coppelius engando, pensa que é Coppelia, e delira de felicidade, pensando que conseguira transferir a vida de Franz para a sua filha. Finalmente, Franz acorda, e parte. Swanilda se esconde e foge. Dr. Coppelius, quando olha pela janela, vê Coppelia (Swanilda) e Franz, dançando alegremente, e encontra Coppelia, nua, atira ao chão.
Para representar Coppelia é necessária uma artista com qualidade mímicas graciosas e elegantes. As mais famosas Coppelia dos tempos atuais são: Alexandra Danilova e Irene Skorik.

Giselle (Ballet)

        Giselle (Ballet)
  Foi representado pela primeira vez em 1841, é o mais antigo ballet dos repertórios modernos; desde a sua primeira apresentação, vem sendo repetido sem interrupções.
O argumento é de Teófilo Gautier, segundo um poema de Heinrich Heine, a coreografia é de Jules Perrota e Jean Coralli, e a música de Adolfo Adam.
Conta à lenda das Wilis: as Wilis são donzelas que, morrendo antes do dia do casamento, saem de seus túmulos à noite, em vestes de noiva, e dançam até o amanhecer; se algum homem for apanhado na floresta, enquanto as Wilis dançam, é condenado a dançar até cair morto de exaustão.
A ação passa-se numa pacata vila da idade media; Giselle é uma jovem camponesa, alegre e terna, que esta apaixonada por um camponês chamado Loys. Ela não sabe, porém, que este camponês é, na verdade, um príncipe disfarçado. Loys é o príncipe Albrecht, duque da Silésia; mas alguém mais apaixonado por Giselle, é Hilarion, um camponês bruto, e que é guarda florestal.
O primeiro ato passa-se na aldeia; Giselle dança com Loys; à chegada de um cortejo real, Giselle descobre que Loys é um príncipe disfaçado, noivo de uma princesa, sentindo-se enganada, enlouquece e suicida-se.
O segundo ato transcorre numa floresta a noite, onde se vê o túmulo de Giselle. Albrecht foi visitar o túmulo de Giselle, assim como Hilarion. Hilarion é preso pelas Wilis, e morre cansado de tanto dançar.
Giselle, sai do túmulo vestida de gazes brancas, e dança com Albrecht (ou Loys); este é condenado a morrer, pois assim o quer a rainha das Wilis; Giselle avisa Albrecht para permanecer próximo a cruz, a fim de salvar-se, mas ele se afasta para dançar com Giselle e acaba caindo esgotado, neste momento, começa a amanhecer, e Albrecht é salvo pela aurora, que quebra o encantamento das Wilis.
No primeiro ato, é necessário ter uma técnica sólida, em saltos e em rapidez. A brandura do segundo ato contrasta grandemente com a cena colorida da vida da camponesa. Uma parte importante no ballet é a loucura, a qual não pode ser realista, pois se assim fosse representada, estaria em desacordo com o tema. Deve ser lírica e coadunar-se perfeitamente com a convenção clássica.
Giselle sobrevive até os tempos atuais, pois além de ser uma expressão pura do romantismo da época, é um teste para qualquer bailarina.
As bailarinas que mais se destacaram neste papel foram: Carlota Grisi, para quem foi criada, Anna Pavlova, Thamar Karsavina, Olga Spessivetzva, Alicia Markova e Margot Fonteyn.
 

A Renovação dos Valores Clássicos

A Renovação dos Valores Clássicos
  Enquanto o ballet entrava em decadência no ocidente; na Rússia iniciava sua grande época. A Rússia possuía sua tão famosa escola de dança desde o século XVII.
A grande época do ballet russo inicia-se com três mestres estrangeiros: Marius Petipa (da escola francesa); Christian Johannsen (também da escola francesa); e Enrico Cechetti (da escola italiana). Foi Petipa quem trouxe à Rússia a escola francesa, que se caracterizava pela graça e pela elegância. Coube a Enrico Cechetti introduzir a escola italiana caracterizada pela força e pelo virtuosismo.
Na Escola Imperial de Dança desta época, formaram-se as maiores bailarinas e bailarinos clássicos. Entre estas: Anna Pavlova, Thamar Karsavina, Olga Sp-essivetzva, Bronislava nijinska, nijinsky, etc.
O curso na escola imperial compreendia oito anos de estudo; as crianças entravam com 10 anos, além das danças, estudavam as matérias correspondentes aos cursos de colégio. Formavam-se com 18 anos e entravam no corpo de baile de algum dos teatros reais; aí iniciavam a carreira profissional, iam aos poucos subindo de posição até chegar (quando chegavam) ao titulo mais elevado, o de prima ballerina assoluta.
As bailarinas recebiam uma vasta cultura geral; aprendiam à educação social, e eram recebidas na corte com todas as honrarias; tinham mesmo uma posição privilegiada.

terça-feira, 8 de março de 2011

A Decoração do Ballet

              A Decoração do Ballet
   Na decoração entram diversos fatores como: cenários, costumes, efeitos de palco e maquiagem. Há certos valores necessários na decoração; um deles, o mais importante, é a unidade.
É imprenscindivel uma unidade perfeita, entre o cenário, a luz, o costume e a maquiagem, quer dizer precisam estar de acordo com o tema, a múica e a dança.
Um tema romântico exige um tutu de gase comprido, uma luz azulada, cenário delicado e uma maquiagem não exagerada. A decoração de modo algum deve cair no lugar comum, isto é, copiar as normas já usadas, repetir os mesmos truques, etc.
Ex: para dar uma atmosfera macabra e fazer aparecer um diabo com cornos, vestido de vermelho, isto é ingênuo.
Assim outro valor decorativo é a originalidade, que é a capacidade de apresentar algo inusitado, uma novidade com imaginação. Mas nem sempre um ballet, por ser original, tem grande valor; e que a procura máxima da originalidade pode matar um ballet.

A Música no Ballet

   
         A Música no Ballet
  No ballet há sempre uma música que acompanha, mas, nesse acompanhamento, a música pode:
  a)     Estar em igualdade com a coreografia, quer dizer: a posição da musica é tão elevado quanto à da dança. Ambas se contrapesam.
b)    Estar numa posição mais elevada que a coreografia ser-lhe superior. Nesse caso, a coreografia é criada depois da musica, segue-a.
c)     Pode estar em posição inferior, neste caso a musica surge como um acompanhamento, sem valor algum, a não ser de servir de ritmo.
No primeiro caso, o coreografo e o musico trabalham juntos na realização da mesma obra. No segundo caso, a múica foi escrito muito antes de se pensar em fazer um ballet da mesma. E no ultimo caso, a musica serve para o ritmo.