Traços Individuais versus Traço Comuns
A rigor, duas pessoas nunca tem exatamente o mesmo traço; embora dois homens possam ser agressivos (ou estéticos), o estilo e a amplitude da agressão (ou do esteticismo) são, em cada caso, claramente diferentes. A causa da individualidade ultima de cada traço é, na realidade, invencível; no entanto, existe certa logica que justifica a pesquisa de unidades comparáveis e mensurais.
Apesar de suas diferenças básicas, as pessoas normais, em determinada área cultural, tendem a desenvolver um numero limitado de modos de ajustamento, grosseiramente comparáveis. A dotação original da maioria dos seres humanos, seus estágios de desenvolvimento, e as exigências de sua sociedade específica, são suficientemente padronizadas e comparáveis, a fim de permitir provocar alguns modos básicos de ajustamento, que são, entre indivíduos, aproximadamente os mesmos.
No sentido estrito da definição de traços, apenas o traço individual é um traço real:
a) Porque os traços estão, sempre, em indivíduos, e não na comunidade em geral.
b) Porque se desenvolvem e se generalizam em disposições dinâmicas, sob formas singulares, de acordo com as experiências de cada individuo.
O perigo a ser evitado é a errada suposição de que o traço comum corresponde, sempre e exatamente, às disposições neuropsíquicas dos indivíduos. O traço comum não é, de forma alguma, um traço verdadeiro, mas apenas um aspecto mensurável de traços individuais complexos.
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