terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A arte da Grécia - A Arquitetura

A arte da Grécia – A Arquitetura
  A arquitetura foi a primeira forma artística a aparecer, é durante os séculos obscuros que se sucederam as invasões, que surgiram o templo e as duas principais ordens arquitetônicas, uma delas é a combinação especifica de três elementos arquitetônicos: base, coluna, entablamento.
A ordem principal é a dórica, que no seu apogeu, no século V a.C., testemunhava um raro equilíbrio entre a solidez maciça e o refinamento, graças a uma harmonia entre os diferentes elementos e o conjunto que nunca foi ultrapassado. De acordo com a sua função, cada parte de uma estrutura arquitetônica pertencia a uma das três categorias seguintes: os elementos de base, os elementos de suporte e os elementos superiores. A ordem dórica respeita estas funções em cada uma das divisões, até nos mais baixos pormenores secundários. Os elementos da ordem dórica são:
- estereóbato
- entablamento
- capitel
- arquitrave
- friso
- cornija
O estudo da ordem dórica levanta dois problemas: até que ponto está arquitetura foi influenciada pelas civilizações anteriores?
Foi ela criada diretamente em pedra ou será uma transposição para a pedra de uma construção de madeira?
Os primeiros gregos podiam ter utilizado troncos de arvores nas suas colunas, mas parece absurdo pensar que tivessem escolhido arvores tão grossas para colocá-las tão perto uma das outras. Alguns respondem a isto, que as proporções das colunas foram adaptadas quando se passou da madeira à pedra. A sua teoria foi baseada nos próprios elementos da ordem e em certos dados históricos.
Os gregos encontraram rapidamente a planta definitiva do templo durante os primeiros séculos da sua história. O edifício compreende uma câmara retangular, a cela, ou santuário, cercado por uma colunata livre. Esta planta, a que se juntaram por vezes uma ou duas câmaras atrás da cela, foi adotada a partir dos séculos VIII e VII, mantendo-se até o final da história grega. Templos menos importantes, como o de Atena, Niké em Atenas, não tem colunas laterais. Os arquitetos trabalharam esta planta durante séculos e esse longo período de aperfeiçoamento explica a harmonia do Parthénon. O Héraion de Olímpia é três vezes mais comprido do que largo, com seis colunas à frente e atrás e dezesseis dos lados. Os edifícios mais recentes como o Parthenon são menos alongados, sendo o seu comprimento apenas duas vezes superior a largura. Geralmente, os templos do século V a.C. têm dos lados um numero de colunas duplas do da fachada e mais uma.
O entablamento tornou-se menos importante com o tempo, em relação à altura total do templo ou à das colunas. Inicialmente o entablamento era uma massa esmagadora cuja altura era quase igual à altura da metade da coluna; representava um terço da altura do edifício (calculada a partir do estilóbáto). No século V, o entablamento tinha apenas um terço da coluna, ou seja, um quarto da altura total.
Paralelamente, o fuste da coluna alongou-se proporcionalmente ao diâmetro da base. No inicio, a altura das colunas podia medir cinco vezes esse diâmetro.
Estas proporções não indicam evidentemente a altura efetiva da coluna, que depende das dimensões do templo. O ultimo elemento de que se deve assinalar a evolução é o eqüino. Nos capitéis do Héraion descreve uma curva pronunciada, mas, mais tarde essa curva torna-se menos marcada e descreve um ângulo de cerca de quarenta e cinco graus com o fuste. A capacidade de suporte foi assim aumentada e o conjunto tornou-se mais elegante.
Esculturas em relevos ornavam os frontões e as métopes eram talhadas em alto-relevos; esculturas colocadas por cima dos ângulos do frontão deviam atrair o olhar para o cimo do edifício. Estas decorações só figuravam no cimo do templo; para a base eram reservadas formas mais simples. A cor também desempenhava um papel: o vermelho vivo e o azul fazia sobressair às pequenas molduras do entablamento, que de outro modo não seriam visíveis do solo.
A ordem jônica, que proliferou nas ilhas do mar Egeu e na Ásia Menor, era considerada pelos gregos como uma ordem feminina; distingue-se da dórica por possuir um envasamento individual para cada coluna.
Tal como o entablamento dórico, o jônico compreende uma arquitrave, um friso e uma cornija, mas a arquitrave está dividida em três bandas ornadas com pequenas molduras.
Adimite-se universalmente que a ordem jônica provém da construção de madeira. Quando a ordem foi adaptada à pedra, as proporções tornaram-se um pouco mais maciças, mas nunca tanto quanto a ordem dórica. Os exemplos mais belos da ordem jônica, assim como da ordem dórica, datam do século V a.C.

  

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