sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Rinoceronte

                   Rinoceronte


Classe: Mamíferos
Ordem: Perissodáctilos
  O período de gestação de um rinoceronte dura dezessete meses, gerando um filhote a cada gestação; para o filhote chegar à fase adulta leva em torno de cinco a sete anos. Chegando a pesar em torno de umas três toneladas. O rinoceronte pode chegar a viver uns cinqüenta anos.
 Uns dos maiores incômodos do rinoceronte são os parasitos, eles o picam no coro durante o tempo todo; para se aliviar ele procura sempre rolar no chão, ou na lama, se esfregar nas arvores e nos cupinzeiros, e mergulhar na água.
 Cada rinoceronte tem ao seu redor um território de limites imaginários, onde não é tolerada a invasão. Se por acaso, algum outro animal entrar nessa área, o rinoceronte logo bufa, baixa a cabeça e começa a atacar.
 Uma vez despertada a fúria de um rinoceronte, ele ataca qualquer coisa (como arvores e cupinzeiros) e qualquer bicho, como um crocodilo em seu próprio ambiente (a água).

Dromedário

                                  Dromedário

Classe: Mamíferos
Ordem: Artiodáctilos

 Diferente do camelo (que ainda existe em estado selvagem na Mongólia e na Ásia Central), o dromedário é um animal que só vive com o homem.
 O dromedário é muito útil para o beduíno (o condutor) no deserto por causa de sua resistência. Com em média trezentos quilos no lombo (entre o viajante e a carga), o dromedário consegue andar tranqüilamente uns quarenta quilômetros por dia, parando a noite porque o beduíno não está mais agüentando.
 Quando vai beber água, ele bebe logo uns cem litros de uma vez, porque assim como os camelos, os dromedários fazem uma enorme reserva de água nos líquidos do corpo, depois que elas são absorvidas pelo intestino. Assim eles podem ficar vários dias sem beber água.
 Mais não é só a água que o dromedário consegue passar vários dias sem, ele também pode ficar um bom tempo sem comer (num jejum prolongado). O dromedário retém alimento no aparelho digestivo por bastante tempo; mas não é essa a sua reserva principal. Quando come, boa parte do alimento, depois da digestão, passa pelo sangue e vai se acumulando na corcova, em forma de gordura e outras substâncias; com o tempo ele vai absorvendo essas reservas, um pouco por dia, ao acabar o estoque a corcova murcha, daí ele precisa comer outra vez.
 O dromedário tem três metros de altura, ele é útil mais por causa de sua resistência do que velocidade (que não ultrapassa os 20 Km/h).
 Até o exército já aproveitou a capacidade de carga do dromedário para transporte de peças de artilharia. 

Feneco

                                              Feneco

Classe: Mamíferos
Ordem: Carnívoros

O feneco vive em bando, dorme de dia e sai à noite para caçar, com uma visão que lhe permite enxergar qualquer sombra que se mova na escuridão do deserto, com uma audição que lhe permite escutar os mais leves ruídos, e um faro que lhe permite rastrear os passos de qualquer presa; o feneco se torna um ótimo caçador.
 No deserto a temperatura é muito quente durante o dia, muito frio à noite, para se proteger a essas mudanças de temperatura, o pêlo do feneco funciona como isolante nos dois casos, que mantém equilibrada a temperatura do organismo.
 Para escapar dos predadores (como chacais e víboras venenosas) o feneco faz túneis para se abrigar com sua família.
 Quando sai para caçar qualquer animal lhe serve como alimento, exceto aqueles que são fortes demais para ele; se por acaso ele não encontrar caça, ele também come frutos caídos das arvores. Quando a caçada rende mais do que ele agüenta comer, o feneco esconde as sobras num buraco perto de sua toca, para comer mais tarde.
 O feneco é um bicho astuto, porque se adapta facilmente a novas situações; pode até ser domesticado com facilidade. Porque quando o feneco é capturado ele se afeiçoa a quem cuida de seus ferimentos e o alimenta, chega a se tornar manso e deixa ser capturado como qualquer animal doméstico.

Rato das Pirâmides

           Rato das pirâmides

Classe: Mamíferos
Ordem: Roedores

 Com a suas patas da frente muito curtas, que ficam encolhidas, e as de trás bem compridas, o rato das pirâmides (ou rato do deserto) consegue dar saltos de até dois metros de extensão; e correr mais rápido do que um camelo. A sua cauda, muito longa, serve como órgão de equilíbrio, que ajuda o ratinho a fugir; por seu salto ser igual a de um canguru, ele também é chamado de “rato-canguru” (outro nome dado a ele foi o de gerbo).
 Costuma sair à noite para se alimentar, porque durante o dia o calor é tanto que ele não poderia agüentar. O rato das pirâmides é o alimento de quase todos os carnívoros que vivem no deserto.
 Para poder sobreviver a tanta perseguição o rato das pirâmede tem os seguintes recursos: olhos próprios para enxergar a noite, ouvidos em forma de concha, aguçadissimos, pernas traseiras terminando em dedos cobertos de pêlos longos e duros, o que impede que suas patinhas afundem na areia fina. Com todas essas características e mais a sua capacidade de saltar e correr; serve como defesa: possibilitando ver, ouvir e fugir a tempo, antes que o inimigo o alcance.

Serpentário

                   Serpentário

Classe: Aves
Ordem: Falconiformes

Mesmo sendo um excelente voador, o serpentário passa a maior parte do tempo no chão, porque a maioria de suas presas são bichos terrestres (como cobras, ratos, insetos, lagartos e outros bichos).
 Com agilidade, voracidade, força e velocidade, o serpentário ainda tem uma grande vantagem na luta contra a serpente (seu alimento preferido), ele é imune ao veneno de qualquer serpente, o que torna ele um especialista em caçar cobras; só não ataca as cobras que são muito fortes e grandes demais para o seu tamanho (1,20 metros de altura, em média).
 A sua técnica para caçar a cobra é a seguinte: primeiro ele vem com uma aproximação sorrateira, depois salta para ela, e a imobiliza com suas garras e por último, parte a espinha da cobra com uma única bicada na nuca.
 Com suas pernas longas, ele corre mais rápido do que seus perseguidores em geral; só chega a voar em último caso.
  O serpentário faz seu ninho em arvores de seis a sete metros de altura, para que seus filhotes fiquem seguros, e enquanto não voam a sua mãe lhes trás insetos e bichinhos para eles comer.

Crocodilo

                           Crocodilo

Classe: Répteis
Ordem: Crocodilos

Mesmo antes de nascerem os filhotes de crocodilos já estão correndo perigo, tem uma espécie de lagarto que costuma desenterrar seus ovos para comê–los, Os que conseguem escapar a esse perigo, usam suas fortes mandíbulas e poderosas dentadas para romper a casca dura e fibrosa do ovo, especialmente para isso eles contam com um dente que se projeta na ponta do focinho (esse dente é provisório: uns dias depois cai).
 Logo ao saírem dos ovos, quando estão começando a sua corrida em direção a água, vem mais perigo, aves como o bico-de-sapato, ficam na margem à espera para comê-los.
 Os que conseguem chegar à fase adulta, de ser presas e passam a ser predadores. Protegido por uma dura couraça, dotado de força e agilidade dentro da água, ele passa a ser uma grande ameaça, e mesmo em terra ele ainda pode dar poderosos golpe com o rabo.
 Com sua mandíbula cheia de dentes, quando a fecha pode triturar os ossos mais duros, mesmo que algum dente se quebre crescerá outro novamente.
 Ele pode comer qualquer classe de animais, sem que isso afete a sua digestão ou cause problemas. O suco digestivo de seu estomago é tão ácido que pode corroer até uma peça de ferro.
 Para caçar a sua estratégia é a seguinte: eles bóiam tranquilamente na água, com uma ligeria parte visível e esperam calmamente na margem, até algum animal ir beber água, daí ele ataca, o prende com sua mandíbula, e o arrasta para o fundo da água; depois leva a presa até sua toca para comê-la.
  

Hipopótamo

              Hipopótamo

Classe: Mamíferos
Ordem: Artiadáctilos
   O hipopótamo medindo uns quatro metros de comprimento, por 1,50 metros de altura, pesa em torno de três a quatro toneladas.
 Para flutuar com esse peso todo na água, o hipopótamo tem uma enorme quantidade de ar nos pulmões e de gases contido no seu longo intestino, todo herbívoro tem intestino comprido e por isso é, em geral, barrigudo, e também boa parte de seu peso é correspondente à gordura, que é mais leve do que a água.
 Ele se alimenta de plantas aquáticas, precisa se alimentar de duzentos a trezentos quilos de vegetais por dia. Ele mergulha no fundo do rio para poder comer, e consegue ficar até cinco minutos embaixo da água.
 Para comer fora da água ele só sai à noite, porque a sua pele resseca e racha no sol; caso ele saia durante o dia, seu suor será vermelho (parecido com sangue, mas não é), por causa de uma secreção oleosa, que serve para proteger a sua pele contra o ardor ressecante do sol.
 Logo quando nasce o filhote já sabe nadar, mais prefere ficar em cima das costas da sua mãe, por comodidade, onde respira com muito mais facilidade.
 O hipopótamo costuma aparar seus dentes contra as pedras, caso o contrário, eles cresceriam demais a ponto dele nem conseguir comer.
 Geralmente os machos costumam disputar por alguma fêmea, numa luta a dentadas, nessas lutas pode acontecer de se quebrar, caso isso aconteça o dente crescerá novamente.

Guepardo

                        Guepardo

Classe: Mamíferos
Ordem: Carnívoros
Família: Felideos

O guepardo é conhecido como “o animal mais rápido do mundo”, por causa de sua velocidade de 110 km/h, e também por causa da sua aceleração de 70 km/h em apenas dois segundos. 
 O seu habit natural é numa região que vai da África Central até a Índia, eles vivem em bandos, onde caçam juntos e repartem a presa entre si. Os filhotes de guepardo são protegidos e alimentados pela mãe, por durante dois anos, nesse período de dependência ela também os ensina a caçar.
 Conhecido também como chita, o guepardo tem varias diferenças dos outros felinos:
 - é o único que não retrai as garras
 - as suas pernas são mais longas que as de seus parentes em termos de proporção
 - também em termos de proporção a sua cabeça é bem menor que a dos outros felinos
 - o guepardo nunca ruge, mas imita o pio dos pássaros e ronrona como um gato.
 Com sua visão aguçada o guepardo enxerga de longe a sua presa, daí ele começa a usar a sua estratégia de caça: Mesmo tendo as pernas longas, o guepardo quase rasteja quando vai se aproximar do rebanho (geralmente de gazelas), seus passos são lentos e sem ritmo, a cada movimento segue-se por um instante de imobilidade, com isso o balanço ocasional do mato pode ser facilmente confundido com a agitação da brisa. O guepardo é quase invisível contra a vegetação de fundo, por causa das suas pintas pretas e irregulares do pêlo amarelo, que dissolvem o contorno da figura. Para não ser denunciado pelo cheiro o guepardo instintivamente caminha contra o vento, que leve seu cheiro para outra direção. Quando já está próximo o suficiente o guepardo ataca, daí começa a correria, o guepardo escolhe uma presa, foca-se nela, sem se deixar distrair-se pelas outras; e por sua velocidade superior a corrida termina em segundos, poucos segundos.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Babuíno

                                          Babuíno

Classe: Mamíferos
Ordem: Primatas
Família: Cercopitecídeos

 Os babuínos são muito organizados, para se deslocarem o bando todo se organiza numa formação de defesa: machos adultos na vanguarda e retaguarda, jovens de ambos os sexos na segunda linha de defesa, fêmeas com filhotes no centro.
 Quando são atacados, o bando não se dispersa em pânico, eles o mantém seu esquema instintivo, manobra que interpõe os machos entre o agressor e as fêmeas com filhotes.
 O chefe geralmente, é um dos mais fortes do bando, é responsável por defender suas fêmeas e seu território; e também pune os filhotes que se afastam do bando.
 Há rivalidades entre babuínos de um bando para o outro, tanto que o membro de um bando jamais se mistura a outro; e há também rivalidade entre os machos do mesmo bando.
 A sua formação estratégica não se resume só na defesa, mais também para conseguir alimentos, uma delas é quando vão roubar ovos de avestruz, alguns deles ficam na frente chamando a atenção do avestruz e um outro vai discretamente por trás, e lhe rouba o ovo.
 Quando os felinos grandes (como o leão) os atacam, um recurso de defesa é o de se refugiarem no alto de galhos finos. Mas em bandos numerosos (que pode chegar a ser centenas deles), eles chegam a enfrentar até um leopardo. Mesmo vencendo o combate muitos do bando perecem.
 Apesar dessa organização, o bando somente coopera no interesse do grupo como um todo. Individualmente, velhos e feridos são abandonados, sem socorro dos semelhantes.

Gnu

                                         Gnu

Classe: Mamíferos
Ordem: Artiodáctilos
Família: Bovídeos

 Mesmo com o seu tamanho o gnu não é muito ameaçador, para falar a verdade, ele chega a ser tão vunerável que até os pequenos carnívoros chegam á caça-ló (se for pego de surpresa).
 Para se defender o gnu usa um tipo de blefe. Primeiro ele murge como um boi ameaçador, ou emite grunidos potentes, muito parecido com o rugir do leão; depois, o bicho começa a dar saltos, a fazer viravoltas e outros movimentos nervosos; finalmente ataca, num galope furioso e veloz, cabeça abaixada, chifres apontados para o adversário. Mas por ser apenas um blefe, no meio do caminho, o gnu para, dá meia volta e dispara desenfreado na direção oposta, até ficar exausto, daí retorna á seus passos normais.
  A segunda alternativa é dar golpes com os cascos cortantes, isso o ajuda com os predadores menores, mas contra felinos grandes a sua melhor alternativa é fugir.
 A lutar mesmo, com chifradas e golpes de casco, só contra outro gnu (um rival), para defender suas fêmeas e seu território.
 Ao pastar os gnus frequentemente ficam próximos dos avestruzes. Por causa de sua estatura e acuidade visual, que lhe permite perceber de longe a aproximação do predador. Quando o avestruz se alarma os gnus ficam atentos, preparados para a fuga.
Menor que um boi (1,3 metro de altura, 2,5 metros de comprimento, em média), o gnu pode chegar a viver até quarenta anos.

Impala

                                           Impala

Classe: Mamíferos
Ordem: Artiodáctilos
Família: Bovídeos

Apesar de seus grandes chifres em forma de lira (exclusividade dos machos adultos), em momentos de perigo o impala prefere fugir em vez de lutar; para isso conta com sua agilidade e velocidade. Em cada salto, um impala adulto pode atingir três metros de altura e transpor seis metros de extensão. Além de conseguirem chegar a oitenta quilômetros por hora na corrida.
 Os impalas são ariscos e tímidos, são caçados por quase todos os carnívoros das savanas e bosques, principalmente na África oriental.
  Ele tem o habito de beber água duas vezes ao dia, de manhã e a noite. Em ambas as ocasiões correm perigo. Por isso, instintivamente, a aproximação da água é precedida por cautelosos rodeios e exploração do terreno pelo chefe que segue a frente.
 Fora os caçadores, os impalas costumam viver em paz com os outros bichos. As impalas fêmeas não tem chifres, nem mesmo pequeno.  

Búfalo

                      Búfalo - Cafre

Classe: Mamíferos
Ordem: Artiodáctilos
Família: Bovídeos

O búfalo – cafre enxerga mal, mas em compensação percebe sons e cheiros com muita acuidade, os seus chifres chegam a ter, quase dois metros (de uma ponta a outra); apesar da aparência de manso, é um animal feroz quando provocado. Nem mesmo os leões atacam frontalmente uma manada de búfalos – cafre. A sua estratégia é acompanhar de longe, cautelosamente, e esperar até que um fique para trás (geralmente fêmeas com filhotes, ou algum macho muito machucado). Mesmo assim, o leão não ataca sozinho o retardatário, mas sempre com a ajuda do resto do bando ou da leoa.
O caçador/esportista que não conseguir abater o animal nos primeiros tiros; corre um grande risco de sofrer uma tragédia, pois o ataque desse bicho é quase sempre mortal.
 Mesmo estando mal ferido, um búfalo – cafre é capaz de atacar furiosamente qualquer outro animal; até mesmo o rinoceronte (de peso e ferocidade comparáveis), a sua técnica é saltar para frente arremessando sobre o oponente seu peso de meia tonelada.
 Antes de beber, o búfalo costuma bater com o casco na água e bufar ameaçadoramente, para afugentar os crocodilos que ficam de tocaia nas margens.
 Quando anoitece, os machos costumam travar lutas mortais, principalmente no período de escolha das fêmeas.
 Quando morre o chefe da manada, o rebanho se desorienta e dispersa, até que cada um vá incorporar-se ao outro bando, ou o bando permanece com um novo chefe.

Hiena

                          Hiena

Classe: Mamíferos
Ordem: carnívoros
Família: Hienídeos


Mesmo a hiena sendo um animal forte, com dentes muito afiados, capazes de quebrar os ossos mais duros; ela não consegue se destacar como grande caçadora entre os carnívoros. O motivo é por suas pernas dianteiras serem mais longas que as de trás e os seus passos são desajeitados: ao andar, primeiro ela move os membros de um lado, depois os do outro; isso a deixa em desvantagem nas caçadas porque os antílopes e as gazelas (carne preferida) são muito velozes para ela.
 Por causa disso a sua principal alternativa é se alimentar das carniças e das sobras deixadas pelos caçadores mais ativos. Mais além desse, ela também usa de outros meios para se alimentar:
- elas costumam cercar em bando numeroso os caçadores mais ativos, que costumam caçar sozinho (como o leão), e o forçam sair e deixar a sua caça; isso só acontece às vezes e quando acontece é por dois fatores: o primeiro é que a fome às deixam cheia de coragem; o segundo é que o caçador já está quase satisfeito mesmo.
- quando elas atacam algum rebanho, mesmo que a maioria dos animais serem mais rápidos do que elas, pode sempre acontecer de um ficar para trás, enfraquecido pela velhice ou ferimento, esse não escapa.
- para os animais mais lentos de grande porte (como o rinoceronte), elas formam um cerco feroz nele e ficam por horas e horas, até deixá-lo sem forças e vence-lo pelo cansaço.
 Um dos maiores problemas da hiena de conseguir alimento são os cães selvagens, capazes de ação mais rápida e mais feroz, eles diminuem o rebanho que a hiena caça; além disso, quase não deixam sobras.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Girafa

                                         A Girafa


Classe: Mamíferos
Ordem: Artiodáctilos
Família: Girafídeos
 
 A girafa usa certos meios para conseguir sobreviver aos seus predadores (os leões), o primeiro deles é a camuflagem, seu pêlo malhado, torna tão imprecisa a figura do animal, que fica difícil enxerga-lo a certa distância. O segundo é a corrida, mesmo não parecendo ser muito rápida, por causa do seu aspecto lento e desajeitado; ela consegue correr à cinqüenta quilômetros por hora e tem mais fôlego que os leões; os movimentos da girafa parecem esquisitos, porque ela não corre como os outros quadrúpedes; ela move primeiro as patas de um lado e depois as do outro, alternadamente; mas isso não faz com que ela seja rápida, o que ajuda mesmo são suas pernas de 2,5 metros, fazendo com que cada passo seja um salto longo. O terceiro e ultimo recurso (usado em medidas desesperadas quando os outros dois não funcionam) é a luta; sua arma principal são  as patas dianteiras, usadas para desferir golpes, ela não é muito ágil, com seu peso de meia tonelada ou mais, se acertar pode matar até um leão.
 A girafa normalmente é um bicho pacato e tímido. Com seus seis metros de altura (das patas ao chifre), prefere comer folhinhas tenras do alto das árvores. A girafa não pode morder os alimentos, porque lhe faltam alguns dentes da frente; para arrancar folhas e galhinhos, o jeito é puxá-los com a lingua de meio metro, preta, forte e preênsil como um tentáculo.  
 Para à girafa beber agua é muito difícil, pois ela tem que abrir bem as pernas dianteiras, para poder abaixar o pescoço, o que a deixa muito vuneravel aos leões.
 O filhote da girafa meia hora depois de nascer, já fica de pé e espicha para 1,5 metro de altura. Mas ainda precisa crescer mais para andar em segurança. Por isso, durante quase um ano, a mãe o mantém num esconderijo, onde vai amamenta-lo. Com três metros de altura o filhote já pode se juntar ao bando. 
 

domingo, 17 de outubro de 2010

Ângelo Agostini

    Ângelo Agostini 

 Na época de Ângelo Agostini eram bastante populares as caricaturas francesas, ele inovou criando um novo estilo que poderia ser considerado brasileiro, quando começou a trabalhar como cartunista em “O Diabo Coxo” (1864-1865), foi o primeiro jornal ilustrado publicado em São Paulo.
 Logo em seguida começou a trabalhar em o “Cabrião” (1866-1867), jornal semanal que criticava o império da época com sátiras.
Em 1867 foi para o Rio de Janeiro e trabalhou nas revistas “O Mosquito e Vida Fluminense”, contribuindo com desenhos e textos para as duas. Foi em Vida Fluminense que surgiu o personagem “Nhô-Quim” (1869), um caipira atrapalhado que resolve ir para o Rio de Janeiro, e tem várias aventuras por lá.
         
 Também fez diversas charges políticas com a intenção de acabar com a escravidão, dentre elas as de mais destaque são as representações sátiras de Don Pedro II.
 No dia 1 de janeiro de 1876, Ângelo Agostini criou a “Revista Ilustrada”, que traria mais tarde o personagem Zé Caipora (1883), que apareceu também nas revistas “O Malho e Don Quixote” (1895-1906).
 A revista Don Quixote ele fundou quando retornou de sua viagem a Paris. Depois criou a revista infantil “O Tico-Tico” (1905), trazendo de volta o personagem Zé Caipora. Ele também chegou a trabalhar na revista “O Malho” e no jornal “Gazeta de Noticias”.
 Mesmo defendendo as causas do Brasil, Ângelo Agostini nunca se naturalizou como brasileiro, mas por causa de suas teses liberais, como o fim da escravidão e a proclamação de republica, o deputado abolicionista Joaquim Nabuco concedeu-lhe o titulo de cidadão brasileiro.
 Hoje Ângelo Agostini é nome de um dos prêmios de HQ mais importantes do Brasil “O Troféu Ângelo Agostini” da Associação de Quadrinistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo (AQC-ESP); comemorado 30 de janeiro.
 Geralmente as categorias do troféu são:
1-    Melhor Desenhista
2-    Melhor Roteirista
3-    Melhor Cartunista
4-    Melhor Fanzine
5-    Melhor Colorista
6-    Melhor Lançamento
7-    Mestres do Quadrinho Nacional
8-    Troféu Jaime Cortez

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O Primeiro personagem de HQ

              The Yellow Kid
Mickey Dugam (mais conhecido como yellow kid) da serie The Yellow Kid que foi
inicialmente batizado de Down on Hogan's Alley, não foi o primeiro personagem das Hqs, mais foi o primeiro personagem que definiu os padrões de uma HQ; ele apareceu pela primeira vez na revista Truth entre 1894 e 1895 desenhada por Richard Felton Outcalt.
 Teve sua estreía oficial no dia 17 de fevereiro de 1895, quando William Randolph Hearst fez uma proposta a Richard Outcalt para desenhar no Journal American. Inicialmente o personagem era desenhado em preto e branco, mais em 5 de maio de 1985 ele passou a ser desenhado colorido.
 Joseph Pulitzer editor do New York World, detinha os direitos autorais de “Down on Hogan's Alley” (o primeiro nome de The Yellow Kid), contratou George Luks para desenhar o personagem no seu jornal. A partir daí ele aparecia em dois jornais, um concorrendo com o outro. Semanalmente The Yellow Kid aparecia nas tiras dominicais, mais com o tempo ele foi aparecendo vários dias da semana.
 Sua história era contada em quatro tempos (uma historia inteira contada em quatro quadros), mais já chegou a ter uma página inteira.
 Yellow Kid se comunicava através do texto que aparecia em seu camisolão amarelo (daí o apelido yellow kid), que também era usado para satirizar as propagandas e oudoors.
 Em 1896 yellow kid definiu os padrões de uma HQ, quando ele passou a ter suas falas em balões (ele foi o primeiro a ter isso), colocado por Richad  Outcalt, isso fez com que yellow kid fosse considerado o primeiro personagem de HQ.
 Yellow Kid ficou nas tiras dos jornais até 1898.
 Hoje Yellow Kid é nome de um dos principais prêmios de HQ no salão de Lucca, na Itália. Também nasceu com ele a expressão “Yellow Jornalism”, que aqui no Brasil é conhecida como “imprensa marrom”.
 Aqui tem umas histórias do personagem para que vocês possam conhecer um pouco mais dele, só que eles estão em inglês porque eu não sei traduzir, mas boa leitura pra quem souber ler em inglês.
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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Gestalt

                A Gestalt
A Psicologia da Forma
 A Psicologia da Gestalt é uma das tendências teóricas mais coerentes e coesas da história da Psicologia. Seus articuladores preocuparam-se em construir não só uma teoria consistente, mas também uma base metodológica forte, que garantisse a consistência teórica.
  Os gestaltistas estavam preocupados em compreender quais os processos psicológicos envolvidos na ilusão ótica, quando o estímulo físico é percebido pelo sujeito como uma forma diferente do que ele é na realidade.
 Exemplo: o cinema, a fita cinematográfica é composta de fotogramas estáticos. O movimento que se vê na tela é uma ilusão ótica causada pela pós-imagem retiniana (a imagem demora um pouco para se “apagar” da retina). Conforme as imagens vão passando na retina, tem-se a sensação de movimento. Mas o que de fato está na tela é uma fotografia estática.
 A Percepção
 A percepção é o ponto de partida e também um dos temas centrais dessa teoria. Os experimentos com a percepção levaram os teóricos da Gestalt ao questionamento de um princípio implícito na teoria behaviorista – que há relação de causa e efeito entre estímulo e resposta – porque, para os gestaltistas, entre o estímulo que o meio fornece e a resposta do individuo fornece encontra-se o processo de percepção. O que o indivíduo percebe e como percebe são dados importantes para a compreensão do comportamento humano.
 Para justificar essa postura, eles baseavam-se na teoria do isomorfismo que supunha uma unidade no universo, onde a parte está sempre relacionada ao todo.
 Quando se vê uma parte de um objeto, ocorrerá uma tendência á restauração do equilíbrio da forma, garantindo o entendimento do que está sendo percebido.
 Esse fenômeno da percepção é norteado pela busca do fechamento, simetria e regularidade dos pontos que compõem uma figura (objeto).
       A Boa-Forma
 A Gestalt encontra nesses fenômenos da percepção as condições para compreensão do comportamento humano. A maneira como uma pessoa percebe determinado estímulo irá desencadear o seu comportamento.
 Muitas vezes, as pessoas nos seus comportamentos guardam relações estreitas com os estímulos físicos, e outras, eles são completamente diferente do esperado porque eles “entendem” o ambiente de uma maneira diferente da sua realidade.
Exemplo: quando uma pessoa vê um conhecido a distância e o cumprimenta, e ao se aproximar percebe que o sujeito é completamente desconhecido.
 Esta pequena confusão demonstra que a percepção do estímulo (a pessoa desconhecida) naquelas condições ambientais dadas são mediatizadas pela forma como foi interpretado o conteúdo recebido. Se nos elementos percebidos não há equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade, não será alcançada a boa-forma.
    Meio Geográfico e Meio Comportamental
 O comportamento é determinado pela percepção do estimulo e, estará submetido á lei da boa-forma. O conjunto de estímulos determinantes do comportamento é denominado meio ou meio ambiental. São conhecidos dois tipos de meio: o geográfico e o comportamental.
 O meio geográfico é o meio físico em termos objetivos. O meio comportamental é o meio resultante da interação do indivíduo com o meio físico e implica através desse meio as forças que regem a percepção (equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade). Naturalmente, o comportamento é desencadeado pela percepção do meio comportamental.
          Campo Psicológico
 O campo psicológico é entendido como uma força que leva uma pessoa a procurar á boa-forma. Funciona figurativamente como um campo eletromagnético criado por um imã (a força de atração e repulsão). Esse campo de força psicológico tem uma tendência que garante a busca da melhor forma possível em situações que não estão muito estruturadas.
 Esse processo ocorre de acordo com os seguintes princípios:
1- Proximidade – os elementos mais próximos tendem a ser agrupados
2- Semelhança – os elementos semelhantes são agrupados
3- Fechamento – ocorre uma tendência de completar os elementos faltantes da figura para garantir sua compreensão.
         Insight
A Psicologia da Gestalt vê a aprendizagem como relação entre o todo e a parte, onde o todo tem papel fundamental na compreensão do objeto percebido.
 Nem sempre as situações vividas pelas pessoas apresentam-se de forma clara que permitam sua percepção imediata. Essas dificultam o processo de aprendizagem porque não permitem uma clara definição da figura-fundo,
Impedindo a relação parte/todo.
 Acontece, ás vezes, de uma pessoa estar olhando para uma figura que não tem sentido para ele e, de repente, sem que ele tenha feito qualquer esforço especial para isso, a relação figura-fundo elucida-se. A esse fenômeno dá o nome de insight.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Behaviorismo

        O Behaviorismo
  O estudo do comportamento
 O termo Behaviorismo foi inaugurado pelo americano John B. Watson, em um artigo (1913) que apresentava o título psicologia como os behavioristas a vêem.
 Watson, postulando então o comportamento como objeto da psicologia, dava a esta ciência o que os psicologos da época vinham buscando. Um objeto observável, mensurável, que podia ser reproduzido em diferentes condições e em diferentes sujeitos. Essas características eram importantes para que a psicologia alcançasse o status de ciência, rompendo definitivamente com a sua tradição filosófica.
 O Behaviorismo dedicou-se ao estudo do comportamento na relação que este mantém com o meio ambiente onde ocorre. Mas como comportamento e meio são termos amplos demais para poderem ser úteis para uma análise descritiva nesta ciência, os psicólogos desta tendência chegaram aos conceitos de estímulo e resposta (teoria S-R).
O homem começa a ser estudado como produto do processo de aprendizagem pelo qual passa desde a infância, ou seja, como produto das associações estabelecidas durante sua vida entre estímulos (do meio) e respostas (manisfestações comportamentais).
        A análise Experimental do comportamento
O Behaviorismo de Skinner, conhecido como Análise Experimental do comportamento, tem influênciado muitos psicólogos americanos e psicólogos de vários países onde o psicologia americana tem grande penetração.
 A base da corrente skinneriana está na formulação do condicionamento operante.
Para desenvolver este conceito, basta voltar um pouco na história do Behaviorismo, introduzindo as noções de comportamento reflexo e condicionamento respondente para depois chegar ao condicionamento operante.
 O condicionamento respondente
 O comportamento reflexo é o comportamento não voluntário e inclui respostas que são produzidas por modificações especiais de estímulos do ambiente.
 exemplo: a concentração das pupilas quando uma luz forte incide sobre os olhos.
 Mas também podem ser provocados por outros estímulos que, originalmente, nada têm a ver com o comportamento, devido à associação entre estímulos.
 Assim, se um estímulo neutro for associado um certo número de vezes a um estímulo eliciador, o estímulo, previamente neutro, irá evocar a mesma espécie de resostas.
 exemplo: numa sala aquecida, se uma mão for mergulhada numa vasilha de água gelada. Imediatamente a temperatura da mão irá abaixar, devido ao encontro ou constrição dos vasos sangüineos. Isto é comportamento respondente. Agora a mão será mergulhada em intervalos de três ou quatro minutos; além disso, será tocado um som de uma cigarra elétrica um pouco antes de cada imersão. Lá pelo vigéssimo pareamento do som da cigarra com a água fria, a mudança da temperatura poderá ser eliciada apenas pelo som – isto é, sem necessidade de molhar a mão.
 Neste exemplo de condicionamento respondente, o rebaixamento da temperatura da mão eliciado pela agua fria é uma resposta incondicionada, enquanto o rebaixamento da temperatura eliciado pelo som é uma resposta condicionada (aprendida); a água é um estímulo incondicionado e o som, um estímulo condicionado.
 Skinner concentrou seus estudos na possibilidade de condicionar os comportamentos operantes.
 O condicionamento operante
 O condicionamento operante é o comportamento voluntário e abrange uma quantidade muito maior da atividade humana.
 O condicionamento deste tipo de comportamento, o operante, tem seus fundamentos na Lei de Efeito, de Thorndike, segundo Keller, em essêcia, essa lei enuncia que um ato pode ser alterado na sua força pelas suas consequências.
 exemplo: coloca-se um ratinho numa caixa que tem uma barra com um mecanismo, que toda a vez, que for pressionada a barra derrama uma gota de água; assim toda a vez que o ratinho tiver sede ele irá pressionar a barra.
 Neste caso, do condicionamento operante, o que propicia a aprendizagem dos comportamentos é a ação do organismo sobre o meio e o efeito resultante, no sentido de satisfazer-lhe alguma necessidade.
  Reforço
 O reforço pode ser positivo ou negativo.
 O reforço positivo é aquele que, quando apresentado, atua para fortalecer o comportamento que o precede.
 O reforço negativo é aquele que fortalece a resposta que o remove.
exemplo: voltando ao ratinho da caixa, só que agora em vez de gotas de água, terá um choque no assoalho, que poderá ser removido pelo pressão da barra. Aos poucos, o bater na barra estará associado com o desaparecimento do choque. Este condicionamento é reforçamento negativo.
 O reforçamento positivo oferece alguma coisa ao organismo; o negativo permite a retirada de algo indesejável.
 Extinção
 Assim como pode-se instalar comportamentos, pode também “descondicionar uma resposta”. Skinner trabalhou nesse processo de eliminação dos comportamentos indesejáveis ou inadequados e denominou-o de extinção.
 O salto do condicionamento operante para a extinção foi curto. Se é o reforço ou efeito que mantém um comportamento operante, com certeza a ausência desse reforço fará desaparecer a resposta.
 A extinção, pela suspensão do reforço, é uma maneira demorada de “eliminar” uma resposta. quando se trata de eliminar um comportamento muito inadequado e que possa trazer perigo ao próprio organismo é preciso usar uma técnica mais eficiente. Sabendo que todo o organismo tende a fugir de estímulos aversivos, indesejáveis, é possível dosar a intensidade desses estímulos para, sem agredir o organismo, desestimula-lo a continuar emitindo uma determinada resposta.
exemplo: de novo no ratinho da caixa, que havia aprendido a bater na barra para obter a água (reforçamento positivo) e em seguida aprendeu a bater nela para eliminar o choque (reforçamento negativo), poderá ter seu comportamento eliminado se, cada vez que fizer isso, levar um choque (punição) ou, ainda, se nunca mais lhe for apresentada a gotinha de água (extinção).
 Generalização
 Este conceito completa a compreensão da teoria do reforço como uma teoria de aprendizagem.
 Quando as pessoas estão treinadas a emitir uma determinada resposta, em uma situação, pode-se emitir esta mesma resposta em situações onde percebe-se uma semelhança entre os estímulos.
 Quando percebe-se a semelhança entre estímulos e os aglutina-se em classe usa-se a capacidade de responder de forma semelhante a situações onde percebem-se como semelhantes.
 Discriminação
 Diferente da generalização a discriminação é o processo inverso, é a capacidade que se tem de perceber a diferença entre os estímulos e responder diferentemente a cada um deles.  

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Psicologia

Psicologia
Psicologia do senso comum
 Usa-se o termo psicologia, no nosso cotidiano, para designar uma serie de fatos. Por exemplo, quando fala-se do poder de persuasão do vendedor, diz-se que ele usa de “Psicologia” para vender seu produto; quando se refere à jovem estudante que usa de seu poder de sedução para atrair o rapaz, diz-se que ela usa de “psicologia”; e quando as pessoas procuram aquele amigo, que está sempre disposto a ouvir seus problemas, dizem que ele tem “psicologia” para entender as pessoas.
 Essa psicologia, usada no cotidiano das pessoas em geral, é denominada de psicologia do senso comum. Mas nem por isso deixa de ser uma psicologia.
 A dona de casa, quando usa a garrafa térmica para manter o café quente, sabe por quanto tempo o café permanecerá razoavelmente quente, sem fazer nenhum cálculo complicado e, muitas vezes desconhecendo completamente as leis da termodinâmica. Esse tipo de conhecimento  que se acumula no cotidiano é chamado de senso comum.
 O senso comum, na produção desse tipo de conhecimento, percorre um caminho que vai do hábito à tradição que, quando instala, passa de geração para geração.
 Esse conhecimento do senso comum, além de sua produção característica, acaba por se apropriar de uma maneira muito singular de conhecimentos produzidos de outros setores do saber humano.
 O senso comum mistura e recicla esses e outros saberes, muito mais especializados, e os reduz a um tipo de teoria simplificada, produzindo uma determinada visão-de-mundo.
A Origem da Psicologia Científica
 É em meados do século XIX que os problemas e temas da psicologia, até então estudados exclusivamente pelos filósofos, passam a ser, também, investigados pela Fisiologia e pela Neurofisiologia em particular.
Os avanços que atingiram também essa área levaram à formulação de teorias sobre o sistema nervoso central, demonstrando que o pensamento, as percepções e os sentimentos humanos eram produtos desse sistema.
 Para se conhecer o psiquismo humano passa a ser necessário compreender os mecanismos e o funcionamento da máquina de pensar do homem – seu cérebro. Assim, a Psicologia começa a trilhar os caminhos da Fisiologia, Neuroanatomia e Neurofisiologia.
 Algumas descobertas são extremamente relevantes para a psicologia. Por exemplo, por volta de 1846, a neurologia descobre que a doença mental é fruto da ação direta ou indireta de diversos fatores sobre as células cerebrais.
A neuroanatomia descobre que a atividade motora nem sempre está ligada a consciência por não estar necessariamente na dependência dos centros cerebrais superiores. Por exemplo, quando alguém queima a mão em uma chapa quente, primeiro tira-a da chapa para depois saber o que aconteceu. Esse fenômeno chama-se reflexo, e o estímulo que chega à medula espinhal, antes de chegar aos centros cerebrais superiores, tem lá mesmo um ordem resposta para tirar a mão.
 Por volta de 1860, temos a formulação de uma importante lei no campo da psicofísica. É a lei de Fechner – Weber, que estabelece a relação entre sensação e estímulo, permitindo a sua mensuração.
 Essa lei teve muita importância na hitória da psicologia porque instaurou a possibilidade de medida do fenômeno psicológico, o que até então era considerado impossível.
 Outra contribuição muito importante nesses primórdios   da psicologia científica é a de Wilhelm Wundt (1832-1926). Wundt desenvolve a concepção do paralelismo psicofísico, isto é, aos fenômenos mentais que correspondem aos fenômenos orgânicos.
A Psicologia Científica
 Seu status de ciência é obtido na medida em que se “liberta” da filosofia, que marcou sua história até aqui, e atrai novos estudiosos e pesquisadores que, sob os novos padrões de produção de conhecimento passam a:
 - definir seu objeto de estudo (o comportamento, a vida psíquica, a consciência);
 - delimitar seu campo de estudo diferenciando-o de outras áreas do conhecimento como a filosofia, a fisiologia, por exemplo;
 - formular métodos de estudo deste objeto;
 - formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimentos na área.
 Essas teorias devem obedecer aos critérios básicos da metodologia científica, isto é, deve-se busca a neutralidade do conhecimento científico, os dados devem ser passíveis de comprovação e o conhecimento deve ser cumulativo e servir de ponto de partida para outros experimentos e pesquisa na área.
 Os pioneiros da psicologia procuraram, dentro das possibilidades, atingir tais critérios e formular teorias. Entretanto, os conhecimentos produzidos inicialmente caracterizam-se, muito mais, como postura metodológica que norteava a pesquisa e a construção teórica.
 Embora a psicologia científica tenha nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos que ela encontra campo para um rápido crescimento, é ali que surgem as primeiras abordagens ou escolas em psicologia, as quais deram origem as inúmeras que existem atualmente.
 Essas abordagens são:o Funcionalismo, de Willian James (1842-1910), o Estruturalismo, de Edward Titchner (1867-1927) e o Associacionismo, de Edward L. Thorndike (1874-1949).  

Os Grandes Textos do Yoga

Os Grandes textos do Yoga
Existe uma quantidade incrível de textos yogues importantes para a melhor compreensão das linhas e escolas filosóficas de yoga. Porém, estima-se que uma considerável parte dos escritos perdeu-se no decorrer da história. Esta seleção traz explicações e trechos de textos fundamentais sobre o yoga: o yoga sutras, a Bhagavad Gita, o hatha yoga pradipka, gheranda samhita e o kularnavatantra.
           Yoga Sutras
Os yoga sutras são considerados os textos clássicos do yoga. Neles, Patanjali faz um estudo profundo da mente e descreve os oito passos para a auto-realização. Estão divididos em quatro capítulos: Samadhi Pada, Sadhana Pada, Vibhuti Pada, e o Kaivalya Pada.
                Bhagavad Gita
A Bhagavad Gita, ou canção do senhor, é um dos grandes clássicos da literatura indiana, considera a bíblia dos yogues. Faz parte do 63° capítulo do Mahabharata, maior poema épico de toda a história, cujo texto fixado, entre os séculos IV a.C e II d.C, é composto de 100 capítulos e 100.000 estrofes.
                Hatha Yoga Pradipka
Obra clássica da linha do Hatha Yoga escrita por Svatmaramat, que teria vivido por volta do século XIV. Considerado o manual mais detalhado sobre essa técnica de yoga, possui quatro capítulos com 389 versos. O Hatha Yoga é um método tântrico que objetiva despertar a energia potencial através do esforço físico.
                        Gheranda Samhita
O Gheranda Samhita é considerado junto com o Hatha Yoga Pradipka, um dos textos mais importantes do Hatha Yoga. A obra, escrita no século XVII por um autor desconhecido, é um diálogo entre o sábio Gheranda e seu discípulo chamado Canda – Kapali. Esses personagens são considerados fictícios. O livro é composto de 351 estrofes distribuídas em sete capítulos. Muitas técnicas de hatha usadas hoje são originárias dessa obra. Mas alguns exercícios descritos são considerados ultrapassados, ou até impossíveis.
                                    Kularnatantra
Um dos textos mais importantes da tradição Kaula, um ramo do tantrismo. Utiliza-se do princípio da inversão, em que qualidades aparentemente mundanas são vistas como espirituais. Foi entre os séculos X e XV. Essa versão, com pouco mais de 2.000 versículos, seria somente o capítulo quinto de um texto original de 125.000 versículos que se perdeu para sempre.