quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Behaviorismo

        O Behaviorismo
  O estudo do comportamento
 O termo Behaviorismo foi inaugurado pelo americano John B. Watson, em um artigo (1913) que apresentava o título psicologia como os behavioristas a vêem.
 Watson, postulando então o comportamento como objeto da psicologia, dava a esta ciência o que os psicologos da época vinham buscando. Um objeto observável, mensurável, que podia ser reproduzido em diferentes condições e em diferentes sujeitos. Essas características eram importantes para que a psicologia alcançasse o status de ciência, rompendo definitivamente com a sua tradição filosófica.
 O Behaviorismo dedicou-se ao estudo do comportamento na relação que este mantém com o meio ambiente onde ocorre. Mas como comportamento e meio são termos amplos demais para poderem ser úteis para uma análise descritiva nesta ciência, os psicólogos desta tendência chegaram aos conceitos de estímulo e resposta (teoria S-R).
O homem começa a ser estudado como produto do processo de aprendizagem pelo qual passa desde a infância, ou seja, como produto das associações estabelecidas durante sua vida entre estímulos (do meio) e respostas (manisfestações comportamentais).
        A análise Experimental do comportamento
O Behaviorismo de Skinner, conhecido como Análise Experimental do comportamento, tem influênciado muitos psicólogos americanos e psicólogos de vários países onde o psicologia americana tem grande penetração.
 A base da corrente skinneriana está na formulação do condicionamento operante.
Para desenvolver este conceito, basta voltar um pouco na história do Behaviorismo, introduzindo as noções de comportamento reflexo e condicionamento respondente para depois chegar ao condicionamento operante.
 O condicionamento respondente
 O comportamento reflexo é o comportamento não voluntário e inclui respostas que são produzidas por modificações especiais de estímulos do ambiente.
 exemplo: a concentração das pupilas quando uma luz forte incide sobre os olhos.
 Mas também podem ser provocados por outros estímulos que, originalmente, nada têm a ver com o comportamento, devido à associação entre estímulos.
 Assim, se um estímulo neutro for associado um certo número de vezes a um estímulo eliciador, o estímulo, previamente neutro, irá evocar a mesma espécie de resostas.
 exemplo: numa sala aquecida, se uma mão for mergulhada numa vasilha de água gelada. Imediatamente a temperatura da mão irá abaixar, devido ao encontro ou constrição dos vasos sangüineos. Isto é comportamento respondente. Agora a mão será mergulhada em intervalos de três ou quatro minutos; além disso, será tocado um som de uma cigarra elétrica um pouco antes de cada imersão. Lá pelo vigéssimo pareamento do som da cigarra com a água fria, a mudança da temperatura poderá ser eliciada apenas pelo som – isto é, sem necessidade de molhar a mão.
 Neste exemplo de condicionamento respondente, o rebaixamento da temperatura da mão eliciado pela agua fria é uma resposta incondicionada, enquanto o rebaixamento da temperatura eliciado pelo som é uma resposta condicionada (aprendida); a água é um estímulo incondicionado e o som, um estímulo condicionado.
 Skinner concentrou seus estudos na possibilidade de condicionar os comportamentos operantes.
 O condicionamento operante
 O condicionamento operante é o comportamento voluntário e abrange uma quantidade muito maior da atividade humana.
 O condicionamento deste tipo de comportamento, o operante, tem seus fundamentos na Lei de Efeito, de Thorndike, segundo Keller, em essêcia, essa lei enuncia que um ato pode ser alterado na sua força pelas suas consequências.
 exemplo: coloca-se um ratinho numa caixa que tem uma barra com um mecanismo, que toda a vez, que for pressionada a barra derrama uma gota de água; assim toda a vez que o ratinho tiver sede ele irá pressionar a barra.
 Neste caso, do condicionamento operante, o que propicia a aprendizagem dos comportamentos é a ação do organismo sobre o meio e o efeito resultante, no sentido de satisfazer-lhe alguma necessidade.
  Reforço
 O reforço pode ser positivo ou negativo.
 O reforço positivo é aquele que, quando apresentado, atua para fortalecer o comportamento que o precede.
 O reforço negativo é aquele que fortalece a resposta que o remove.
exemplo: voltando ao ratinho da caixa, só que agora em vez de gotas de água, terá um choque no assoalho, que poderá ser removido pelo pressão da barra. Aos poucos, o bater na barra estará associado com o desaparecimento do choque. Este condicionamento é reforçamento negativo.
 O reforçamento positivo oferece alguma coisa ao organismo; o negativo permite a retirada de algo indesejável.
 Extinção
 Assim como pode-se instalar comportamentos, pode também “descondicionar uma resposta”. Skinner trabalhou nesse processo de eliminação dos comportamentos indesejáveis ou inadequados e denominou-o de extinção.
 O salto do condicionamento operante para a extinção foi curto. Se é o reforço ou efeito que mantém um comportamento operante, com certeza a ausência desse reforço fará desaparecer a resposta.
 A extinção, pela suspensão do reforço, é uma maneira demorada de “eliminar” uma resposta. quando se trata de eliminar um comportamento muito inadequado e que possa trazer perigo ao próprio organismo é preciso usar uma técnica mais eficiente. Sabendo que todo o organismo tende a fugir de estímulos aversivos, indesejáveis, é possível dosar a intensidade desses estímulos para, sem agredir o organismo, desestimula-lo a continuar emitindo uma determinada resposta.
exemplo: de novo no ratinho da caixa, que havia aprendido a bater na barra para obter a água (reforçamento positivo) e em seguida aprendeu a bater nela para eliminar o choque (reforçamento negativo), poderá ter seu comportamento eliminado se, cada vez que fizer isso, levar um choque (punição) ou, ainda, se nunca mais lhe for apresentada a gotinha de água (extinção).
 Generalização
 Este conceito completa a compreensão da teoria do reforço como uma teoria de aprendizagem.
 Quando as pessoas estão treinadas a emitir uma determinada resposta, em uma situação, pode-se emitir esta mesma resposta em situações onde percebe-se uma semelhança entre os estímulos.
 Quando percebe-se a semelhança entre estímulos e os aglutina-se em classe usa-se a capacidade de responder de forma semelhante a situações onde percebem-se como semelhantes.
 Discriminação
 Diferente da generalização a discriminação é o processo inverso, é a capacidade que se tem de perceber a diferença entre os estímulos e responder diferentemente a cada um deles.  

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