segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Cegonha

                            Cegonha
Classe: Insetos
Ordem: Coleópteros
Família: Carabídeos
  Durante a migração de outono, algumas cegonhas viajam da Europa ao sul da África, num percurso de quase 10 mil km, com poucas interrupções, e quando fazem, geralmente é no alto dos picos escarpados de certas regiões montanhosas da África. Com sentido de orientação muito apurado elas vão e voltam sem se perderem. Quando a cegonha retorna na primavera, é motivo de alegria para os moradores de sua região, pois é visto como um sinal de renascimento da natureza; e também por que: como os casais de cegonhas permanecem unidos por longos anos, elas simbolizam a harmonia e serenidade.
Quando o casal se reúne novamente no ninho, cada cegonha saúda a outra curvando os pescoços para trás e com batidas secas de bico. Por acreditar que o ninho de cegonha sobre a casa trás sorte aos moradores, muita gente põe uma roda no alto da chaminé, para facilitar para a cegonha a construção dele; quando chove a fêmea entreabre as asas para proteger seus filhotes. A cegonha dorme equilibrada sobre uma das patas e consegue mudar de pata sem acordar.
A cegonha é um bicho hostil que ataca qualquer animal que invada seu território; ela captura suas presas com o bico e depois engole, comendo elas ainda viva, e passa a maior parte do tempo na beira de rios, lagos e outras áreas aquáticas; procurando presas como: ratos, sapos, insetos, peixes e até cobras de tamanho médio.    

Sicofanta

                         Sicofanta
Classe: Insetos
Ordem: Coleópteros
Família: Carabídeos
  O sicofanta passa por metamorfose, como todos os besouros; a fêmea deposita seus ovos na terra, em um pequeno buraco perto da raiz, duas semanas depois vêm às larvas que caçam e comem durante uns vinte dias; depois voltam para a terra, para ficarem na forma de crisálida, e duas semanas depois vem o sicofanta adulto, com esqueleto perfeito (a casca interna dos insetos é seu esqueleto).
O principal alimento do sicofanta são as lagartas (conhecidas como processionárias): sua tática consiste em atacar a presa pela frente, para cerrar as mandíbulas potentes em torno de sua cabeça, romper-lhe a cartilagem e dar-lhe morte instantânea; nem chega a haver luta. Ela devora cinco lagartas por dia, e durante o verão, em media, umas 450 lagartas. Por isso a sicofanta é criada nas lavouras pelo homem; para que elas exterminem a lagartas que danificam as arvores. Os resultados são tão eficazes que alguns países chegam a importar sicofantas, quando eles escasseiam.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Pêga

                                     Pêga
Classe: Aves
Ordem: Insetívoros
Família: Erinacídeos
  Por causa de seu vôo pesado e relativamente lento (não passa de 60 km/h), a pêga tem que se limitar a presas terrestres, porque as presas aladas são rápidas demais para ela. Mas por ser um bicho corpulento e medir meio metro (incluindo a cauda) tem força muscular que lhe dá vantagem nas lutas terrestres, onde ela consegue matar a presa, logo nos primeiros golpes com seu poderoso bico pontiagudo.
A ave também é conhecida como: pêga rabuda ou pêga – ladra. Pêga rabuda por causa da cauda; pêga – ladra por causa do mesmo habito de seu parente – o corvo – de pegar objetos brilhantes principalmente peças metálicas, e leva-los a seu esconderijo; formando assim uma coleção. Geralmente o esconderijo é de acesso difícil, pode ser o tronco oco de uma arvore bem alta.
As pegas servem de sentinelas para os outros animais; por serem dotadas de sentidos aguçadíssimos, quando um caçador se aproxima, elas revoam imediatamente; o alvoroço de seu vôo pesado e de seu grasnar dissonante alarma os outros animais.
Na primavera, os casais começam a se formar e logo depois a por ovos. Quando a fêmea põe seu primeiro ovo; ela e o macho se alternam na incubação, por isso, os filhotes não nascem todos no mesmo dia, nem do mesmo tamanho. Para proteger seu filhote o pêga constrói seu ninho em forquilhas de altas arvores; em forma de esfera, é é composta por uma trama resistente de fibras de barro, tem apenas uma pequena abertura e por isso fica menos exposta a invasão de aves predadoras; formando assim um sólido refugio; mas mesmo assim, os pais não deixam nenhum rapinante chegar perto.

Ouriço

                                     Ouriço
Classe: Mamíferos
Ordem: Insetívoros
Família: Erinacídeos
  Pesando menos de 1 kg, o ouriço é um animal solitário, que raramente vive em grupo; mas nos primeiros meses de vida, enquanto dependem da mãe, os filhotes a acompanham na busca de comida. Como enxergam mal, para não se perderem todos caminham em fileira. Com unhas agudas e fortes o ouriço consegue escavar tocas amplas de duas saídas, em questão de minutos.
Ele tem o habito de limpar-se; pois não tolera a sensação incomoda dos detritos que se enroscam no seu pêlo; para se limpar ele passa a língua áspera por todos os pontos que alcança, mesmo que tenha que contorcer-se todo na manobra. Por ser bom nadador, o ouriço transpõe pequenos cursos de água para ir atrás de presas como: rãs, moluscos e insetos.
Sua defesa são os espinhos, ao perceber que o inimigo vai atacar, ele se enrola todo com os espinhos protegendo: cara, os membros e o ventre. Quando a cobra é seu inimigo, ele a enfrenta, depois de matá-la usando seus dentes afiadíssimos para triturar a espinha dela, em seguida ele a devora, mesmo que ela seja venenosa, vai com veneno e tudo, porque ingerido, o veneno da cobra não lhe faz mal, por ele ser imune ao veneno.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Cobra - de - Colar

       Cobra – de – Colar
Classe: Répteis
Ordem: Ofídeos
Família: Colubrídeos
  Mesmo podendo chegar a medir quase 2 metros, a cobra – de – colar em media, não alcança nem 1 metro; ela usa língua (que vibra em movimentos rápidos) para perceber os cheiros e assim se orientar. Mesmo a sua pele sendo elástica, ela não acompanha seu crescimento; por isso ela troca de pele periodicamente (como as outras cobras), quando outra camada nova se forma por baixo a de cima descamada em fricções.
Geralmente, a cobra – de – colar habita áreas próximas a açudes, rios, lagoas ou pântanos; porque as suas presas (anfíbios e peixes) vivem na água; assim que ela os captura leva em terra para comer, derrama sobre a presa uma saliva leitosa e engole-a inteira; porque seus dentes não servem para mastigar, só para capturar e ferir. Sua goela e seu estomago são bastante elásticos, e sua mandíbula se desarticula facilmente, por isso mesmo que o peixe seja muito grande ela não tem dificuldade para engoli-lo.
Depois de comer, ela fica enrodilhada no meio de vegetação, numa imobilidade quase absoluta. Quando chega o inverno, ela se refugia numa toca subterrânea, às vezes com duas ou três na mesma toca. Mesmo sem empanturrar-se antes, ela consegue ficar de semanas e até meses de jejum.
Cada postura é de quase quarenta ovos, a casca tem a consistência de couro, por isso os ovos saem alongados e não quebradiços; depois três semanas nascem filhotes de 15 centímetros.

Corvo - Imperial

        Corvo – imperial
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Covídeos
  O corvo – imperial põe de quatro a oito ovos, os filhotes são alimentados e protegidos pelos pais por durante dois meses, só depois que começam a voar e a caçarem sozinhos. Pesando menos de 1 quilo e meio, é quase tão feroz quanto um falcão; são capazes de enfrentar cães, abutres e outras aves de rapina para disputar um pedaço de carne.
Como os outros corvos, ele também tem o habito de colecionar objetos brilhantes ou de cores vistosas num esconderijo; quando o chão fica inteiro coberto de neve (no inverno, depois de uma nevasca), o corvo - imperial esfrega-se nele para se limpar.
Na época de acasalamento o corvo faz acrobacias no ar para impressionar a fêmea: mesmo não tendo um vôo veloz (uns 40 km/h), ele usa as correntes de vento para ajudá-lo. Alternativa é a luta entre os machos, que termina com a retirada dolorosa do derrotado. O macho vencedor vai com a fêmea construir o ninho tosco no alto de penhascos, muros velhos ou de vez em quando no alto alguma arvore.

Lebre

                                    Lebre
Classe: Mamíferos
Ordem: Lagomorfos
Família: Leporídeos
  A lebre vive, dez anos, nesse tempo ela não constrói uma toca para a vida toda, mas varias delas, por causa de seu costume de desloca-se continuamente de habitação, depois de abandonado ela raramente retorna ao esconderijo; seus filhotes nascem nas tocas.
A lebre nunca entra na água, mas em caso de inundação, ou se ela escorregar para dentro de um rio ou lago, ela capacidade para nadar com muita agilidade. Durante o período de acasalamento os machos trocam mordidos ferozes à noite, até que um dos dois desista e se afaste.
Além de ouvidos aguçados a lebre conta com seus olhos, que oferecem a ela um campo visual fora do comum, por causa da posição deles e de sua rápida mobilidade; assim ela pode perceber dois ou mais inimigos se aproximarem de direções diferentes. Ao perceber o predador se aproximando, ela começa a correr velozmente, de vez em quando dá saltos longos para algum lado, até uns 4 metros de extensão; a corrida e os saltos somados, ela pode chegar a 70 km/h; ela foge sempre em ziguezague irregular, nunca em linha reta, para que seja difícil de acompanha - lá; os predadores que costumam farejam-la, perdem o rastro toda hora, por causa de seus saltos, que os obriga a ficar procurando o cheiro de novo; com isso a lebre ganha tempo e muitas vezes consegue fugir.

Pisco de - peito - ruivo

     Pisco de – peito – ruivo
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Turdideos
  O pisco de – peito – ruivo pesa menos de 20 gramas; na época de acasalamento, às vezes a fêmea se aproxima do macho pedindo-lhe comida, em geral, o macho serve-lhe a comida, daí os dois se juntam para procriar. Antes de procriarem eles constroem o ninho, os dois cooperam juntos para a construção; eles usam raízes, flocos de musgo, fios de palha grossa como material. Após o ninho estar pronto à fêmea começa a por os ovos, de cinco a oito ovos de casca branca, com manchas vermelhas; a fêmea tem três posturas por ano, que dura toda a primavera até o começo do verão, nesse tempo o macho fica ao seu lado cantando e trazendo-lhe comida; quando os filhotes nascem o macho cuida deles sozinho.
Cada pisco tem seu próprio território, toda tarde, pouco antes do por do sol, ele canta a posse de seu domínio; o pisco defende seu território de outros piscos, travando lutas que só acaba com a retirada de um dos dois; a disputa de territórios pode ocorrer entre piscos de qualquer dos sexos: tanto as fêmeas quanto os machos.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A República holandesa

         A República holandesa
A drenagem do mar
  No século XV, os holandeses conseguiram terras no litoral para o uso agrícola, através de um sistema de drenagem; conhecido como “pôlderes”, as áreas tornadas cultivais proporcionavam pastagens e campos de cultivo.
No século XVII, sendo os maiores engenheiros hidráulicos do mundo, os holandeses usavam moinho de vento para recuperar até 1800 hectares por ano. Uma extensão de água rasa era cercada por um dique e construía-se um canal em torno dela; os moinhos bombeavam a água para o canal, de onde corria para o mar. Uma serie escalonada de moinhos coordenados podia drenar um lençol de água de 4,5 metros de profundidade. Às vezes podiam ocorrer enchentes, quando a teia de diques falhava.
 As Residências
  No século XVII, os holandeses não gastavam sua riqueza (conseguida por seu comercio) em palácios, mas em residências de comerciantes de classe media. As casas urbanas eram geralmente estreitas, principalmente em Amsterdam, onde todos queriam viver de frente para os canais e uma lei municipal determinava que nenhuma casa podia ter mais de 8 metros de largura. Mas para compensar essa restrição, os comerciantes mais ricos amiúde construíram suas moradias com até 50 metros de fundos, decoravam-nas com gosto endinheirado e enchiam-nas com mobília de valor.
A febre das tulipas
  Na década de 1630, as tulipas recentemente importadas da Turquia, estavam em modas nas cortes européias; parecia ser o produto ideal para os investidores da Holanda: os horticultores competiam para criar novas variedades e os bulbos alcançavam preços altos.
O resultado foi uma febre especulativa em que as tulipas, e as tulipas futuras, eram vendidas a créditos por preços cada vez mais altos; no seu auge os canteiros eram guardados por homens armados.
Com o mercado em alta, parecia que ninguém iria perder; até os preços atingirem um nível em que não se achavam mais compradores, o preço da tulipa quebrou e milhares de pessoas ficaram com dividas.


 


Vikings II: seu apreço por metais preciosos

Vikings II: seu apreço por metais preciosos
  A obsessão dos vikings por metais preciosos não era apenas estética: o guerreiro nórdico considerava o fruto da pilhagem como medida de sucesso na vida. A prata exibida ostensivamente em ornamentos era um símbolo de status e um potente incentivo que atraia seguidores e ajudava a levantar exércitos pessoais para a guerra, que para os vikings era constante.
Mas a prata também era moeda corrente, eles avaliavam a prata por seu peso, não pelo valor das moedas, algumas moedas eram cortadas pela metade para ter o peso necessário a transações e os braceletes podiam ser usados como adorno ou quebrados em pedaços para uso comercial.
Geralmente os vikings escondiam seus tesouros sob as terras nórdicas ou nos brejos de algum país distante; uma parte era enterrada como oferenda aos deuses pagãos, um pouco mais ia para a crença de “que tudo que o guerreiro colocasse na terra ia ser-lhe acessível no Valhalla”, mas o principal motivo era a proteção.

A arte naval dos vikings

A arte naval dos vikings
  No século VIII, os construtores de navios vikings introduziram modificações que, levaram a sua arte no auge da perfeição; tornando eles senhores do mar. O ponto decisivo foi a adição de mastros altos e velas largas a barcos que antes eram impulsionados apenas por remos, junto com quilhas suficientemente robustas para suportar o novo equipamento; os cascos foram engenhosamente construído para serem fortes, mas leves e de baixo calado.
Com essa combinação de navegabilidade e calado baixo, os vikings podiam vencer o mar aberto, mas abicar facilmente em litorais arenosos e navegar correnteza acima nos rios europeus, com seus barcos. Em vias fluviais estreitas, a tripulação podia abaixar a velas e usar os remos. E os barcos também eram usados como tumulo.
  Gokstad
  Feito de fora para dentro quase só com machados; os barcos como gokstad, escolhiam-se grandes carvalhos lisos para a quilha e as tabuas; arvores torta, galhos em forquilha e raízes eram usados para as partes curvas ou irregulares.
Para construí-lo, primeiro, prendia-se a quilha a roda – de – proa e ao cadaste de popa para fazer uma espinha sólida; depois, as tabuas de troncos eram rachados como finas fatias de torta, eram sobrepostas umas as outras a partir da quilha; quando a casco estava no lugar apropriado em relação a linha de flutuação, colocavam-se as cavernas, o entabuamento prosseguia até as armaduras e as tabuas eram calafetadas com musgo ou pêlo de animal alcatroado. Em vez de pregados os barcos eram amarrados para dar grande flexibilidade nos mares agitados.
O barco viking media cerca de 23 metros de comprimento e pouco mais de 5 metros de largura na meia – nau, por 2 metros de profundidade; pesava cerca de 18 toneladas quando equipado, seu calado era pouco menos de 1 metro, movido a vela ou por 32 remos.
  O Mastro
  O mastro tinha talvez 10 metros de altura e pesava 360 kg. Para suportar e distribuir o peso havia um grande bloco de madeira, o Kerling, com um buraco para o pé de mastro. Acima dele e apoiado por vigas havia uma peça maciça de carvalho, chamada de “peixe do mastro”, cujo formato escorava o mastro; em seu longo entalhe o mastro deslizava ao ser erguido ou abaixado (no alto). Três cavaletes em forma de T eram usados como apoio para acondicionar a veja.
   Leme
  A nave era dirigida por um leme feito de uma única peça de carvalho de 3 metros de comprimento e parecia com um remo. O leme estava preso ao barco perto da popa, por um galho de salgueiro flexível que permitia gira-lo em segurança quando o navio estava abicado. Para evitar que balançasse contra o casco em mar grosso, o leme era preso perto do topo por uma correia.
Graças à rapidez e a maleabilidade de seus barcos, os vikings conseguiam fazer ataques relâmpagos.
  Knor
  O navio cargueiro tinha 16,5 metros de comprimento e quase 5 de largura, em uma proporção de menos de quatro para um. Da quilha a amurada tinha mais de 1,8 metros de profundidade, com espaço para 34 metros cúbicos de carga. O entravamento interno ajudava a vencer as oscilações violentas.
Usavam-se os remos apenas para manobrar nos portos, dependia quase totalmente da vela; com uma tripulação e talvez uma dezena de homens, quase todo o espaço estava reservado para a carga; pequenos toldos na proa e na polpa protegiam a tripulação.

    
 

Andorinha

                                Andorinha

Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Hirundinídeos

  Quando filhote as andorinhas são alimentadas pelos pais; sempre ocorre de algum filhote crescer mais rápido e logo aprender a voar, daí ele ajuda os pais a trazer comida para seus irmãos menores. As andorinhas caçam insetos alados em vôo, a 50 km/h; para repor toda energia consumida na caça, elas têm que comer umas 2000 moscas por dia.
Pouco antes da migração de outono elas começam a se aglomerar, mais mesmo assim uma respeita o território da outra e elas não se tocam. Quando a migração começa, elas partem aos milhões para as regiões mais quentes do sul, numa jornada de milhares de quilômetros; geralmente à noite para evitar as aves de rapina.
Por causa da conformação das asas e da cauda seu vôo é favorecido, fazendo com que ela consiga voa a mais de 200 km/h, para poupar energia durante as longas viagens ela também consegue planar.
Normalmente, as andorinhas voam uns 200 metros de altura, mas quando há turbulência atmosférica, descem para camadas mais tranqüilas, e quando pressente a aproximação de tempestades, elas mudam de rota para desviar-se dela, mesmo com esses desvios elas nunca se desorientam; na primavera a maioria volta para os ninhos.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Dublin: a base viking na Irlanda

 Dublin: a base viking na Irlanda
  Dublin foi construída do zero, por volta de 840, por um chefe norueguês chamado Turgeis, que se proclamou “rei de todos os forasteiros de Erin”; Pagão cruel foi depois aprisionado pelos nativos irlandeses e afogado no lago Owel.
Localizado na confluência do sinuoso rio poddle com o estuário do rio Liffey, na costa do mar da Irlanda, era situado nas rotas comerciais que iam para o norte, o leste e o sul, Dublin era um porto internacional de primeiro nível no final do século X.
A cidade era cercada por uma barragem encimada por uma paliçada de madeira. Dentro dessa muralha protetora viviam atém dez mil pessoas amontoados numa área de menos de seis hectares. Aparentemente, cada família viking possuía seu próprio lote cercado.


A Mitologia dos Vikings

    A Mitologia dos Vikings
  O Eda Poético é poemas irlandeses do século IX, que relatam a gênese dos nórdicos: eles contam que o gigante Ymir, foi a primeira criatura viva gerada no grande vazio através de um choque entre o fogo e o gelo, que a partir de seu suor nasceu uma prole. Odin e seus irmãos conseguiram matar Ymir, e depois usaram seu corpo para criar o mar e a terra. Acima da terra estava à morada dos deuses, Asgard, e o Valhalla, onde os vikings que morriam bravamente passariam a eternidade consumindo carne de porco e hidromel e brigando alegremente entre si.
Quando a humanidade se cobre de pecados, ocorre a catástrofe, provocando um inferno tenebroso. Tremores derrubam montanhas e os velhos deuses são mortos numa batalha cataclísmica contra gigantes, monstros e legiões de demônios do Hel.
Dois humanos abrigaram-se nos galhos de um imenso freixo, que havia sobrevivido ao desastre, com a terra purificada pelo holocausto, eles conseguiram repovoá-la; assim nasce uma nova geração de deuses e guerreiros vikings ganham contentamento eterno no Valhalla.
  Runas
  As runas são os caracteres mais antigos do alfabeto germânico. Os vikings consideravam que as runas eram mágicas e havia claramente um sinal oculto em algumas de suas inscrições; uma mensagem, gravada na parte inferior de uma lapide, instruía que as palavras jamais deveriam ser expostas a luz do dia; outras inscrições eram mais mundanas.
Na mitologia nórdica, o sábio deus Odin, para adquirir o conhecimento dos poderes místicos das runas, ficou pendurado durante nove noites em uma arvore açoitada pelo vento.
  Thor e a Serpente
Na mitologia nórdica, a serpente freqüentemente provocava tempestades, açoitando o mar com sua calda. Irrompendo de seu covil oceânico para o Ragnarok (dia do juízo final dos deuses), Thor conseguiu matá-la e logo depois deu nove passos e tombou morto pelo veneno dela.    

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Os Vikings

                  Os Vikings
  Os vikings vinham da Noruega, da Dinamarca e da Suécia, todos eles eram conhecidos pelo termo nórdico: eles tinham em comum a língua, o modo de vida, a religião pagã e predileção por navegar para atacar ou comerciar.
A sociedade dos vikings compreendia três classes: escravos, homens livres e nobres.
Escravos: executavam os trabalhos menos valorizados e era tratado como animais,quando ficavam velhos ou feridos, podiam ser mortos pelo dono. A pessoa podia nascer escravo (filho de escravo), ser punida a escravidão por certos crimes, ou ter sido capturada no próprio país ou no exterior.
Homens livres: uma classe ampla e variada formava o centro da sociedade escandinava; podia até ser escravos libertos, pois os escravos podiam comprar sua liberdade e muitos proprietários encorajavam isso, separando lotes de terra para que eles cultivassem em proveito próprio, o preço da liberdade; eram 170 gramas de prata para seus antigos senhores; mais a maioria dos homens livres já nasceu liberta.
Nobres: os agricultores proprietários eram conhecidos como “boendr”, tinham suas terras de forma absoluta, sem se submeter aos tributos ou deveres para com um senhor. Tinham também os “Jarl” – lideres locais cuja autoridade talvez se limitasse a um único fiorde de homens que comandavam províncias inteiras.
Um velho e notável sistema de governo e de justiça unia esses grupos; era uma assembléia conhecida como “Thing”.
Thing: servia como parlamento rudimentar para elaborar leis e como corte para processar as infrações.
Cada comunidade ou distrito tinha seu próprio Thing e cada um desses fazia parte de grupos maiores.
Como não existiu código legal escrito na Escandinávia até o século XII; as leis que o Thing decretava eram memorizadas e transmitidas oralmente. Um dos maiores problemas para o Thing era a rixa entre famílias; ficando diante de um grupo de juizes composto por todos os membros da assembléia, ou talvez por um júri menor escolhido pelo Thing. O réu podia apresentar testemunhas ou submeter-se a uma provação: como segurar pedaços de ferro em brasa por alguns segundos, a queimadura era enfaixada e examinada pelo júri quatro dias depois; se a ferida estivesse limpa, o réu era declarado inocente; se estivesse inflamada, o réu era culpado, que dependendo do crime ele poderia ser punido pagando uma multa ou até ser enforcado ou decapitado. Depois da morte a pior punição era o banimento, onde o réu era considerado como morto nos termos da lei, pois ele perdia todos os bens e direitos legais; e qualquer um podia matá-lo sem risco de punição.
Os nórdicos viviam de uma mistura variável de colheita, criação de animais, pesca e caça. Por causa do clima o trabalho era duro; quando chegava o inverno, os animais mais fracos tinham de ser abatidos, e sua carne era defumada ou curtida com sal.
A casa dos vikings podia ser dividida em duas ou três partes: o salão principal, e as partes menores eram usados deposito ou estábulo. O chão do salão era de terra batida, ás vezes forrado com um tapete de juncos; no centro havia um buraco que servia de lareira e ao longo das paredes estavam bancos de terra cobertos de madeira que serviam para sentar e dormir.
Mesmo os homens sendo os senhores de suas fazendas, era a esposa quem tinha o símbolo de autoridade competente e da ordem domestica, representado com as chaves penduradas na cintura. Mas elas ainda não tinham uma posição legal forte; pois permanecia aos cuidados do pai ou do guardião, até casar e ficar aos cuidados do marido. E seus poderes legais também não eram muito fortes, pois elas podiam: pedir o divórcio (como os homens) declarando com testemunhas o motivo; e também podiam possuir propriedades.
Enquanto os homens podiam: ter concubina, matar a esposa adultera e o amante, e mandar matar um bebe doente.
Os nórdicos tinham as suas crenças de arcos com seu ambiente; sua religião era panteísta, variável em seus dogmas e praticas refletida em seu mundo conhecido. Entre os deuses, o principal era Odim, deus da criação, das batalhas e dos mortos; seus companheiros eram: Thor, deus do trovão, senhor dos ventos, das chuvas e das colheitas, cujo símbolo era o martelo; Frey era o deus da fecundidade e a fertilidade, era também deus das batalhas e dirigia um carro puxado por um javali de cerdas de ouro (seu animal sagrado era sacrificado em festival solstício de inverno); Freya, irmã de Frey, era deusa do amor. Entre os deuses menores estava Ran, a deusa cruel e insensível do mar raivoso, que ansiava pela alma dos afogados. Logo abaixo dos deuses estavam os seres mágicos (como anões e duendes) e as coisas da natureza (montanhas, riachos, arvores) também tinham seus próprios espíritos para guardá-las.
Os mortos eram tratados com muita seriedade, pois os fantasmas nórdicos eram maléficos e atormentavam os vivos (de acordo com a crença deles). Para confortar os mortos na vida do além; seus túmulos poderiam conter: alimentos, cadeiras, jóias, camas, e até carros. Às vezes, matava-se uma viúva ou uma escrava para acompanhar o morto. A sua viagem ao outro mundo era feita através de uma embarcação, em um pequeno bote ou navio.
   

  


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A Cultura e os costumes do Japão de Tokugawa

A Cultura e os costumes do Japão de Tokugawa
As classes sociais
  Como alguns samurais foram favorecidos pelas fortunas das guerras civis do século XVI, a ponto de ficarem conhecidos como “senhores súbitos”; e até os camponeses tiveram a chance de alcançar o cobiçado status de guerreiro. Os xoguns Tokugawa, do século XVII, realçaram a estabilidade de seu regime impondo um rígido sistema de classes, baseado nos princípios confucionistas da lealdade e obediência. A legislação Tokugawa reconhecia quatro grupos principais: samurais, camponeses, artesãos e comerciantes.
A elite guerreira ocupava o nível mais alto e os demais seguiam essa ordem. As distinções de classes eram consideradas hereditárias e imutáveis; apesar disso, certo grau de mobilidade social sobreviveu, artesãos favorecidos podiam ser recompensados com privilégios de classe superior e, no final do século, muitos comerciantes desfrutavam de riquezas e posições de confiança que provocavam a inveja de seus superiores sociais.
O teatro nô e o cabúqui
O século XVII assistiu uma revolução no teatro japonês; no inicio o teatro era tradição nacional, um estilo desenvolvido pelo menos duzentos anos antes, com raízes em rituais religiosos: dois ou três atores encenavam algum episodio histórico sagrado, envolvendo amiúde a aparição de um fantasma ou demônio enquanto um coro comentava a ação.
Embora esse drama clássico continuasse a ser encenado nos séculos seguintes, não se escreveram peças na tradição nô após o século XVI. Em lugar dele, um novo estilo ganhou popularidade “o cabúqui” (chamado literalmente de a arte de cantar e dançar).
O cabúqui tinha suas origens na trupe de uma atriz chamada O-Kuni, que organizou danças e apresentações dramáticas em Quioto a partir de 1596. As peças estavam cheias de expedientes reprovados pelos cultores do nô: bufenaria e melodra, acrobacia e diálogos realistas.
Suas tramas complexas, às vezes baseadas em eventos recentes, procuravam divertir sem pejo. Os críticos reclamaram da vulgaridade do novo teatro, mas foi no período de Tokugawa, que o cabúqui encontrou uma platéia entusiástica nas cidades.
A cerimônia do chá
A cerimônia do chá é para os chineses um símbolo de harmonia interior, desde o século VIII; os japoneses importaram para ele esse ritual. Sob a influência do Zen budismo, acabou refinando-se numa cerimônia conhecida como Wabi “simplicidade”: no ambiente parcamente decorado numa humilde cabana no jardim, o anfitrião recebia seus convidados, fervia a chaleira, batia o pó numa tigela e depois oferecia a bebida com espírito de modéstia. Esse estilo antingiu seu apogeu no século XVI, com o mestre do chá Sem Rikyu.
No século XVII os mestres do chá reviveram a mais ostentatória cerimônia daimio, que permitia ambientes mais amplos, utensílios ricamente decorados e assentos separados para os grandes senhores.
Nos anos seguintes, esse estilo foi formalizado e codificado por escolas de chá, sob a influência o ritual se tornou recreação para a classe média.
    
  

O Governo Manchu

      O governo Manchu
  A dinastia Ming teve seu fim, quando um rebelde caolho chamado Li Zi-tcheng atraiu um enorme exercito de camponeses desiludidos, vitimas da fome e da miséria; contra Pequim em 1644. A cidade imperial contava para se defender com um exercito inadequado de eunucos.
Após Li ter conseguido matar o imperador, o povo de Pequim saiu às ruas para saudá-lo; mas a recepção calorosa terminou em terror, com indisciplinados rebeldes mergulhando numa orgia desenfreada de pilhagem e morte.
Foi então que os manchus tiveram a oportunidade de atacar Pequim; seus soldados além de não encontrarem resistência, ainda tiveram o apoio de Wu Sangui (o general chinês que lhes barrara o caminho anteriormente), pois ele decidiu juntar as suas forças as dos disciplinados estrangeiros, contra o exercito assassino de Li. Diante dessa aliança, os rebeldes fugiram e os conquistadores proclamaram sua dinastia Ching como a legitima sucessora dos Ming. Abahai (líder dos manhcus) morreu no ano anterior. Seu filho, Shun-tsi de cinco anos, tornou-se o primeiro imperador Ching; e Dorgon seu tio, seria o principal regente.
 Shun-tsi
A tarefa mais urgente dos novos dirigentes da China era assegurar o controle sobre o vasto país que caíra tão facilmente em suas mãos. A resistência Ming representou uma ameaça pequena aos exércitos Manchus, mas o ultimo pretendente serio ao trono foi executado em 1662.
Mas o grande desafio para a dinastia Ching, foi um nobre meio – japonês Tseng Tcheng-gong, conhecido pelos ocidentais pelo nome de Coxinga. Recusando-se terminantemente a reconhecer a autoridade Manchu, apesar da oferta de termos generosos de paz, Coxinga reuniu um exercito de mais de cem mil homens e dominou a costa do centro e do sul da china. Em 1659, quando Coxinga estava a ponto de capturar Nanjing, a maior cidade do império; deixou-se levar pelo entusiasmo, e comemorou com seus soldados, o seu aniversário. Por terem ficado a noite inteira acordados, tomando vinho, na manhã seguinte todos estavam indispostos, e acabaram tendo uma derrota vergonhosa.
Dois anos depois da derrota em Nanquim, o exercito de Coxinga conseguiu vencer uma pequena guarnição holandesa na ilha de Taiwan e estabelecer ali uma base permanente. Foi preciso a invasão Ching de Taiwan, em 1683, para dar fim a resistem e incorporar a ilha ao estado Chinês.
Como os Manchus fizeram um esforço considerável para respeitar os velhos códigos de justiça da China, a maioria da elite achou mais fácil transferir sua lealdade para os novos dirigentes. Os funcionários Ming foram bem recebidos de volta à administração e até tiveram permissão para conservar seus trajes distintivos.
Os manchus insistiram para que os funcionários raspassem a parte dianteira da cabeça e usasse rabichos a maneira manchu. O novo regulamento provocou amplo ressentimento, pois esse símbolo humilhante de subserviência a uma cultura estrangeira jamais deixou de exasperar os nacionalistas chineses; com efeito, a remoção do rabicho tornou-se um símbolo de revolta contra a dinastia manchu.
Nos esforços para tornar mais fácil a transição da dinastia Ming para a Ching, o imperador Shun-tsi desempenhou um papel extremamente importante, estimulou ativamente a erudição confucionista e tentou eliminar a corrupção onde quer que a encontre.
Kang-xi
Quando Shun-tsi morreu de varíola, seu terceiro filho Kang-xi assumiu o trono; em especial por ele ter sobrevivido a um ataque de varíola e adquirido imunidade contra a doença.
Como Kang-xi era muito jovem para assumir o poder pessoalmente, Oboi, um importante nobre manchu da época, assumiu o cargo de regente; ele reverteu a política justa e pró - chinesa de Shun-tsi; proibiu os funcionários de criticarem o governo numa serie de medidas restritivas, e os suspeitos de sentimentos antimanchu eram presos e torturados.
Oboi só não durou mais na regência porque sua política ditatorial acabou ofendendo Kang-xi, que assumiu formalmente o poder em 1667, com 13 anos de idade.
Kang-xi baixou uma lista de dezesseis princípios morais; que se tornou conhecida como os Editos Sagrados, em que o próprio imperador empenhou-se em seguir essas orientações ao longo de sua vida. Cultivou classe intelectual chinesa e controlou o comercio com o mundo exterior com vantagem para a China. Sob a liderança dele, o domínio manchu não só se legitimou na China, como também se consolidou em todo o país, a sua conquista da Mongólia deu inicio ao processo de expansão dentro da republica popular da China e além dela.
Logo nos primeiros anos de seu reinado Kang-xi teve que enfrentar três poderosos generais chineses (um deles era Wu Sangui, que ajudou os manchus a tomar Pequim); no sul e no oeste do país, eles dominavam províncias que haviam praticamente transformado em estados independentes. Quando Kang-xi avançou contra um dos generais, Huang-dong, no extremo sul, os três revoltaram-se, e vieram tropas de Taiwan mandadas pelo filho de Coxinga para ajudá-los. Essa poderosa rebelião quase conseguiu expulsar os manchus do país, mas conseguiu prevalecer em 1681 com a ajuda de generais leais. Dois anos depois, invadiu Taiwan, derrotando o neto de Coxinga a acabando com a guerra civil, logo depois derrotou os três generais e ocupou Taiwan.
Kang-xi convenceu os jesuítas a fundirem canhões na China, e os prisioneiros de guerra russos foram convocados para mostrar o funcionamento das novas armas e acabaram se incorporando ao sistema de estandartes.
Os manchus ao assumirem o sistema administrativo Ming, também acrescentaram vários melhoramentos próprios. Dividiram algumas províncias ao sul da Grande Muralha em unidades menores, tendo um total de dezoito.
Embora o sistema de governo tenha permanecido o mesmo, o peso da tributação sobre os pobres foi consideravelmente aliviado e houve um amplo declínio da pratica da servidão. A proporção de grandes terratentes diminuía á medida que aumentava a importância de camponeses moderadamente prósperos, com seus interesses protegidos pelo estado.
O comercio marítimo da China também teve uma expansão considerável, no reinado de Kang-xi. As principais exportações saíram de Cantão, no sul, onde se embarcavam chá, seda, tecidos finos de algodão, porcelanas e objetos de laca para a Europa.
Os jesuítas floresceram sob a nova dinastia, enriquecendo a vida intelectual da corte manchu; Kang-xi lhes concedeu altal posições na corte, mesmo assim eles se ajoelhavam diante do imperador. Também ajudaram a chamar a atenção de grandes pensadores e escritores da Europa para a civilização chinesa, entre eles: Spinoza, Voltaire, Goethe, Diderot e Adam Smith.
Kang-xi fazia várias viagens pela China, para observar os problemas de seu domínio pessoalmente: inspecionando obra publicas, perdoando criminosos, ouvindo reclamações; às vezes, lendo os exames de candidatos ao serviço público.
Quando Kang-xi morreu seu quarto filho assumiu o trono. O império manchu continuou a se expandir, em 1760 atingiu su7a extensão máxima. No final do século XVIII, começou um declínio que, no espaço de cinqüenta anos, se tornou um deslizamento irreversível para a dissolução. As potências européias se aproveitariam rapidamente das fraquezas internas da China para conquistar vantagens comerciais. Assim conseguiram por fim no poder imperial em 1912. E os manchus foram os últimos a assumir o império da China.
    
  
    
   

O Comercio Marítimo da Holanda

O Comercio Marítimo da Holanda
  A Holanda sempre esteve sob o domínio da Espanha, junto com outros paises menores; até 1579, quando sete províncias do norte formaram a União de Utrecht, sob a liderança de Guilherme, o príncipe de Orange, conhecido como “o taciturno”. Declarando sua independência da Espanha dois anos depois. Mesmo Filipe (rei da Espanha) tendo conseguido assassinar Guilherme, as suas finanças estavam esgotadas. Assim a rainha da Inglaterra – Elizabeth – interviu em favor dos rebeldes, para que a Espanha não recuperasse o controle.
Em 1648 houve o tratado de Vestfália, onde a Espanha finalmente reconheceu independência das sete províncias.
Ao invés de gastar energias em contendas e fanatismo, eles a usavam na busca de riquezas; os holandeses conseguiram se tornar especialistas em tecnologias de drenagem, construções de canais e recuperação de terra; além de construírem diques e defesas contra a água. Entre 1590 e 1640, conquistaram ao mar oitenta mil hectares de terras cultiváveis. O que eles não conseguissem cultivar eles importava; como os grãos que eram importados dos países Bálticos a cada ano. Além da “grande pescaria”, onde a Holanda e Zelândia mandavam seus barcos para recolher os cardumes de arrenque que desciam do Báltico para o mar do norte. Os barcos da frota holandesa eram tão grandes, que podiam abrigar uma tripulação por seis meses, e também podiam salgar os peixes e empacota-los ainda a bordo.
Em terra, a indústria tinha o apoio de construtores de navios, merceeiros, proprietários de armazéns, fabricantes de vela e cordas, tanoeiros e corretores.
Também conseguiram lucros no exterior onde o peixe acabou se tornando quase como uma moeda. Pois na Alemanha e na França, eles eram trocados por artigos de luxo; que por sua vez eram trocados por grão no Báltico.
Não eram sós nos pesqueiros que a frota holandesa se destacava, eles também projetaram os melhores cargueiros da época como os fluyten: econômico de operar e barato de construir.
Os comerciantes estrangeiros preferiam comprar ou fretear navios holandeses ao invés de usarem seus próprios: com mão de obra barata e requisitando menos marinheiros para operar, os holandeses podiam comprar metade do preço de seus concorrentes.
Como Amsterdam era o manancial da atividade mercantil holandesa, em 1609 os financistas da cidade criaram um banco de câmbio para ajudar os comerciantes holandeses a comerciar uns com os outros; e no mesmo ano foi construída a bolsa, onde colunatas e claustros abrigavam os representantes de cada grupo de interesse financeiro.
Os holandeses criaram um consorcio: reunindo seus recursos e diminuindo seus riscos, acabando com a competição entre eles, e assim estabelecer o monopólio do comercio marítimo. Com intenção de desbancar a os portugueses e os ingleses; e até mesmo vence os asiáticos em seu próprio terreno.
Para atingir esse objetivo, a companhia das Índias Orientais não contava com ofertas de condições de bens de trocas melhores; eles autorizaram seus empregados: a travar guerras, concluir tratados de paz; construir fortes e recrutar pessoal civil, militar e naval, e ainda tiveram de fazer um voto de fidelidade à companhia; tudo isso com a benção dos senhores da política nacional.
Assim os holendeses conseguiram tirara os portugueses do caminho com certa facilidade; e logo depois Jan Pieterszoon Coen (governador da Companhia das Índias Orientais), ordenou vários ataques a frota inglesa, capturando muitos de seus navios, assim acabando com a sociedade entre eles.
Depois de erradicar todos os seus competidores europeus; Coen e seus homens estacionaram homens e navios em pontos estratégicos para bloquear o acesso o conjunto de ilhas e arquipélagos. Os barcos sem autorização tinham suas cargas apreendidas na melhor da s hipóteses, e punição para quem enfrentava os holandeses era mais severa.
Em 1616, os holandeses se estabeleceram na América do Sul, nas Guianas. A companhia adquiria escravos da África Ocidental e os vendia aos colonos da América Espanhola, desafiando o monopólio de Madri. Mesmo com oitenta anos de hostilidade declarada, ainda tinham mercadores holandeses que comerciavam com espanhóis (aberta ou discretamente).
Com o tempo a economia da Holanda, embora razoavelmente estável, parou de crescer; uma tributação pesada levava os empresários e artesãos a buscar ambientes mais convenientes, os que podiam comprar terras, construíram propriedades suburbanas e rurais e viviam de investimentos, longe dos armazéns cheios de madeira e do arrenque salgado que haviam feito suas fortuanas.
Assim parecia que a idade de ouro da Republica Holandesa parecia estar chegando ao fim.
  

  


  

  


sábado, 15 de janeiro de 2011

O Japão e o Cristianismo (1542 - 1638)

      O Japão e o Cristianismo (1542 - 1638)
  O cristianismo católico chegou ao Japão através dos europeus; para a ordem estabelecida naquela época (1542), os missionários jesuítas eram potencialmente mais perigosos do que as armas ocidentais (arcabuz): um católico japonês tinha lealdades que transcendiam aquelas devidas ao país e ao imperador. De inicio os missionários fizeram poucas conversões.
No tempo de Nobunaga o cristianismo tornara-se quase moda entre os círculos da corte e, já na década de 1580, chegavam a 100 mil ou mais conversos, centrados na ilha de Kyushu, em especial em torno do porto de Nagasaki. Hideyoshi (autoridade da época) suspeitava deles como uma possível fonte de deslealdade e, em 1587, baixou um edito expulsando todos os missionários cristãos do Japão. Como os mercadores ainda eram bem vindos, os missionários podiam ser facilmente confundidos com eles; assim protegidos por subornos discretos e pela distância, os jesuítas continuaram a sua obra em Kyushu, enquanto Hiideyoshi se ocupava com outros assuntos.
Em 1618 começou a grande perseguição aos cristãos japoneses. Nos dezesseis anos seguintes, todas as igrejas foram destruídas e todos os padres encontrados, foram expulsos ou executados. Com eles, pereceu uma multidão de conversos. No começo, o objetivo era simplesmente suprimir a fé: centenas foram crucificadas, queimados em fogueiras, assados em grelha ou jogados nas fumarolas sulfúricas que abundavam no vulcânico Japão. Mais tarde os perseguidores decidiram fazer os cristãos negarem a sua fé: um dos métodos usados era enrolar a vitima em um saco, amarrá-la apertado para impedir a circulação e pendurá-la de cabeça para baixo sobre um buraco; só a mão esquerda ficava livre para fazer um sinal de abjuração; as mulheres cristãs eram forçadas a engatinhar nua pelas ruas, antes de serem pubicamente estrupadas e jogadas em buracos de cobras. Para escapar desse destino, muitas pessoas, inclusive padres jesuítas, abandonaram a sua fé. Outros conseguiram manterem-se cristãos às escondidas, apesar do fato que, se fosse descoberto, as cinco famílias mais próximas de ambos os lados de sua moradia também seriam executadas, a não ser que denunciassem os conversos as autoridades.
Em janeiro de 1638, cerca de vinte mil camponeses, armados com arcabuzes e liderados por uns poucos samurais cristãos, capturaram o castelo de Shimabara, no golfo de Nagasaki, e se reuniram ali com suas famílias. Com os exércitos do xogun atacando e um navio holandês (que veio em auxilio do governo) bombardeando, eles conseguiram resistir por quatro meses, enrijecidos pela adversidade. Quando as forças do xogun conseguiram romper as muralhas externas, logo penetraram no interior do castelo, e massacraram seus defensores, restando apenas 105 prisioneiros. A partir de então, com exceção dos holandeses, não houve mais cristãos conhecidos no Japão.



   

A Posse de Tokugawa

            A Posse de Tokugawa
A Introdução de Leyasu
  Em 1568, Oda Nobunaga aos 35 anos de idade, tornou-se forte o suficiente para entrar em Quioto e nomear seu candidato a xogun. Ele foi ajudado por dois lugares – tenentes: Kinoshita e Hideyoshi e Tokugawa Leyasu.
Nobunaga queria restaurar a paz e a unidade do país; e seu lema “governar o império pela força armada” (estampado em seus documentos oficiais) mostrava qual era o seu método utilizado para atingir esse objetivo. Em 1573, Nobunaga depôs seu candidato a xogun por suas relações serem difíceis, e passou a dar ordens sem assumir qualquer titulo oficial.
Nobunaga mantinha um ódio pelos monges guerreiros budistas em particular, queimando-lhes os templos, fundindo-lhes as estátuas para fazer armas e chacinando impiedosamente seus partidários.
Quando consegui ter sob controle toda a região central de Honshu e esmagar os monges, só faltava submeter o resto dos daimios; para conseguir isso, deixou os exércitos de Leyasu penetrarem no Kanto, enquanto a frente ocidental ficava nas mãos do general Hideyoshi. Enquanto seus subordinados estavam ocupados, Nobunaga foi ataca e assassinado em Quioto por um de seus daimios.
Hideyoshi responsável pela investigação, não perdeu tempo, em oito dias estava de volta a Quioto, onde matou os assassinos de Nobunaga e assumiu pessoalmente o controle da capital. Tokugawa Leyasu não teve escolha a não ser se submeter ao domínio de Hideyoshi.
Hideyoshi assumiu o título aristocrático de Kanpaku, ou regente imperial (um dos maiores cargos de cerimônia da corte do imperador), assim ele aumentou seu poderio até 1591, conquistando através de uma combinação de forças e persuasão, votos de lealdade de todos os daimios do país. Para garantir que Leyasu não tentasse nada, Hideyoshi dividiu as terras entre Kanto e a capital (pertencentes a Leyasu) entre seus partidários de confiança.
Em 1588 Hideyoshi mandou confiscar todas as armas dos camponeses e dos monges guerreiros (que tinham sobrevivido aos massacres de Nobunaga), para que não houvesse protestos armados; assim esse episódio ficou conhecido como a caça as espadas, onde só os samurais podiam usar armas.
Mantendo guerra contra Coréia e a China, Hideyoshi ao saber que estava morrendo, nomeou Leyasu para ser o guardião de seu filho Hideyori, com um conselho de anciãos para governar até que o menino tivesse idade para assumir o poder.
 Leyasu no poder
 Hideyoshi morreu em 1598, o conselho de anciãos retirou suas tropas da Coréia e fez as pazes com a China; para que pudessem ter todas as forças para a luta pelo poder que inevitavelmente ocorreria. Como Leyasu evitava mandar seus homens para Coréia, ele tinha tropas; além de campos de arroz, pois o Kanto fizera dele o senhor mais rico do Japão. Dispondo de tanta força logo começou a receber apoio de outros daimios; um dos vassalos fiel de Hideyoshi, Ishida Mitsunari organizou uma colisão contra Leyasu. Com a morte de Mitsunari na batalha de Sekigahara; Leyasu entrou em Osaca dez dias depois como senhor militar do país e logo tratou de consolidar a sua posição: 878 famílias de daimios perderam seus status, suas terras foram absorvidas por Leyasu e depois redistribuídas entre seus partidários.
Em 1603, persuadindo o imperador conseguiu tornar-se xogun, e o imperador permitiu que os daimios remanescentes em seu castelo de Edo, se submetessem a Leyasu, que exigiu também que fornecem homens e materiais para a construção de uma nova sede do governo em Edo. Com os daimios devidamente submetidos, a única ameaça remanescente à segurança de Leyasu era Hideyori, ainda abrigado no castelo de seu pai, em Osaca. Mais durante anos não houve nenhum ato hostil de ambas as partes. Até Leyasu acusar um dos sinos de um templo recentemente reconstruído, por apresentar uma inscrição em chinês que o xogun acusou falsamente de ser um insulto a casa de Tokugawa. Com a recusa de rendição de Hideyori; Leyasu mandou 150 mil guerreiros contra o castelo de Osaca.
Mas pelo castelo ter sido bem construído, e por velhos inimigos de Leyasu estarem mais do que dispostos a lutar pelo jovem príncipe, o exercito de xogun perdeu muitos homens e não conseguiu nada. Assim Leyasu ofereceu termos de paz. Leyasu ofereceu operários para aterrarem o fosso do castelo de Osaca, para chegar ao fosso acabaram demolindo ameias externas. Mais e mais operários chegaram, por algum erro, partes do fosso interno também foram aterradas; e os parapeitos internos também foram derrubados. Os trabalhadores admitiram poder ter havido algum engano, mas argumentaram que muralhas e fossos tinham pouca utilidade em tempos de paz, e partiram com desculpas. Logo depois Leyasu voltou com seu exercito; Hideyori defendeu as ruínas de seu castelo de maio a junho, antes de se suicidar.
Leyasu destruiu toda a família Hideyori, exceto duas crianças pequenas; a progênie dos comandantes de Osaca fio executada e os defensores do castelo sobreviventes foram perseguidos e mortos.
Depois Leyasu criou termos de paz, reunindas em um documento etreza cláusulas, confirmando ele como senhor indiscutível do Japão. No ano seguinte ele morreu. Mais o legado de paz social manteria a dinastia Tokugawa no poder por mais de 250 anos.
   
   

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Golf G6

                                    Golf G6

Ano: 2008
Montadora: Volkswagen
Motor: dianteiro, transversal, 4 cilindros, 16v, gasolina, injeção direta, com turbo compressor e intercooler
Cilindrada: 1390 cm³
Diâmetro x curso: 76,5 x 75,6 mm
Taxa de compressão: 10,0:1
Potência: 122 cv a 5000 rpm
Torque: 20,4 mkgf de 1500 rpm a 4000 rpm
Câmbio: manual de 6 marchas, tração dianteira
Carroceria: hatchback, 5 portas
Dimensões:
Comprimento: 420 cm
Largura: 178 cm
Altura: 148 cm
Entre – eixos: 258 cm
Peso: 1215 kg
Peso/potência: 9,95 kg/cv
Peso/torque: 59,5 kg/mkgf
Porta-malas: 350 litros
Tanque: 55 litros
Suspensão:
Dianteira: braço com eixo triangular transversal e barra antirrolamento
Traseira: eixo multibraço com molas helicoidais e barra antirrolamento
Freios: discos nas 4 rodas, com ABS e EBD
Direção: pinhão e cremalheira, com assistência elétrica.
Pneus: 205/55 R16
Velocidade: 240 km/h
Aceleração: 9,5s (0 a 100 km/h)
Descrição: as laterais realçam os vidros e dão uma aparência mais musculosa

Mini Cooper

                               Mini Cooper

Ano: 2009
Montadora: Mini
Motor: 4 cilindros, 16v, 1598, dianteiro
Diâmetro x curso: 77/85 mm
Taxa de compressão: 11:1
Potência: 120 cv a 6000 rpm
Torque: 16,3 mkgf a 4250 rpm
Câmbio: manual, 6 marchas, dianteira
Direção: aletrica, 2,5 voltas.
Suspensão:
Dianteira: independente, tipo McPherson
Traseira: independente, multilink
Freios:
Dianteira: disco ventilado
Traseira: disco sólido
Pneus: 195/55 R16
Dimensões:
Comprimento: 370 cm
Entre – eixos: 247 cm
Altura: 141 cm
Largura: 168 cm
Porta-malas: 160 litros
Peso: 1065 kg
Peso/potência: 8,9 kg/cv
Peso/torque: 65,3 kg/mkgf
Diâmetro de giro: 10,1 m
Tanque: 40/600 l/km
Consumo:
Cidade: 11,2 km/l
Estrada: 15,0 km/l
Velocidade: 190,2 km/h
Aceleração: 10,0s (0 a 100 km/h)
Descrição: o enorme velocímetro, que fica no centro do painel, reúne também alguns comandos de rádio; o conta-giros está colado na coluna de direção e acompanha os movimentos de ajuste do volante, para cima e para baixo.