A República holandesa
A drenagem do mar
No século XV, os holandeses conseguiram terras no litoral para o uso agrícola, através de um sistema de drenagem; conhecido como “pôlderes”, as áreas tornadas cultivais proporcionavam pastagens e campos de cultivo.
No século XVII, sendo os maiores engenheiros hidráulicos do mundo, os holandeses usavam moinho de vento para recuperar até 1800 hectares por ano. Uma extensão de água rasa era cercada por um dique e construía-se um canal em torno dela; os moinhos bombeavam a água para o canal, de onde corria para o mar. Uma serie escalonada de moinhos coordenados podia drenar um lençol de água de 4,5 metros de profundidade. Às vezes podiam ocorrer enchentes, quando a teia de diques falhava.
As Residências
No século XVII, os holandeses não gastavam sua riqueza (conseguida por seu comercio) em palácios, mas em residências de comerciantes de classe media. As casas urbanas eram geralmente estreitas, principalmente em Amsterdam, onde todos queriam viver de frente para os canais e uma lei municipal determinava que nenhuma casa podia ter mais de 8 metros de largura. Mas para compensar essa restrição, os comerciantes mais ricos amiúde construíram suas moradias com até 50 metros de fundos, decoravam-nas com gosto endinheirado e enchiam-nas com mobília de valor.
A febre das tulipas
Na década de 1630, as tulipas recentemente importadas da Turquia, estavam em modas nas cortes européias; parecia ser o produto ideal para os investidores da Holanda: os horticultores competiam para criar novas variedades e os bulbos alcançavam preços altos.
O resultado foi uma febre especulativa em que as tulipas, e as tulipas futuras, eram vendidas a créditos por preços cada vez mais altos; no seu auge os canteiros eram guardados por homens armados.
Com o mercado em alta, parecia que ninguém iria perder; até os preços atingirem um nível em que não se achavam mais compradores, o preço da tulipa quebrou e milhares de pessoas ficaram com dividas.
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