Os Vikings
Os vikings vinham da Noruega, da Dinamarca e da Suécia, todos eles eram conhecidos pelo termo nórdico: eles tinham em comum a língua, o modo de vida, a religião pagã e predileção por navegar para atacar ou comerciar.
A sociedade dos vikings compreendia três classes: escravos, homens livres e nobres.
Escravos: executavam os trabalhos menos valorizados e era tratado como animais,quando ficavam velhos ou feridos, podiam ser mortos pelo dono. A pessoa podia nascer escravo (filho de escravo), ser punida a escravidão por certos crimes, ou ter sido capturada no próprio país ou no exterior.
Homens livres: uma classe ampla e variada formava o centro da sociedade escandinava; podia até ser escravos libertos, pois os escravos podiam comprar sua liberdade e muitos proprietários encorajavam isso, separando lotes de terra para que eles cultivassem em proveito próprio, o preço da liberdade; eram 170 gramas de prata para seus antigos senhores; mais a maioria dos homens livres já nasceu liberta.
Nobres: os agricultores proprietários eram conhecidos como “boendr”, tinham suas terras de forma absoluta, sem se submeter aos tributos ou deveres para com um senhor. Tinham também os “Jarl” – lideres locais cuja autoridade talvez se limitasse a um único fiorde de homens que comandavam províncias inteiras.
Um velho e notável sistema de governo e de justiça unia esses grupos; era uma assembléia conhecida como “Thing”.
Thing: servia como parlamento rudimentar para elaborar leis e como corte para processar as infrações.
Cada comunidade ou distrito tinha seu próprio Thing e cada um desses fazia parte de grupos maiores.
Como não existiu código legal escrito na Escandinávia até o século XII; as leis que o Thing decretava eram memorizadas e transmitidas oralmente. Um dos maiores problemas para o Thing era a rixa entre famílias; ficando diante de um grupo de juizes composto por todos os membros da assembléia, ou talvez por um júri menor escolhido pelo Thing. O réu podia apresentar testemunhas ou submeter-se a uma provação: como segurar pedaços de ferro em brasa por alguns segundos, a queimadura era enfaixada e examinada pelo júri quatro dias depois; se a ferida estivesse limpa, o réu era declarado inocente; se estivesse inflamada, o réu era culpado, que dependendo do crime ele poderia ser punido pagando uma multa ou até ser enforcado ou decapitado. Depois da morte a pior punição era o banimento, onde o réu era considerado como morto nos termos da lei, pois ele perdia todos os bens e direitos legais; e qualquer um podia matá-lo sem risco de punição.
Os nórdicos viviam de uma mistura variável de colheita, criação de animais, pesca e caça. Por causa do clima o trabalho era duro; quando chegava o inverno, os animais mais fracos tinham de ser abatidos, e sua carne era defumada ou curtida com sal.
A casa dos vikings podia ser dividida em duas ou três partes: o salão principal, e as partes menores eram usados deposito ou estábulo. O chão do salão era de terra batida, ás vezes forrado com um tapete de juncos; no centro havia um buraco que servia de lareira e ao longo das paredes estavam bancos de terra cobertos de madeira que serviam para sentar e dormir.
Mesmo os homens sendo os senhores de suas fazendas, era a esposa quem tinha o símbolo de autoridade competente e da ordem domestica, representado com as chaves penduradas na cintura. Mas elas ainda não tinham uma posição legal forte; pois permanecia aos cuidados do pai ou do guardião, até casar e ficar aos cuidados do marido. E seus poderes legais também não eram muito fortes, pois elas podiam: pedir o divórcio (como os homens) declarando com testemunhas o motivo; e também podiam possuir propriedades.
Enquanto os homens podiam: ter concubina, matar a esposa adultera e o amante, e mandar matar um bebe doente.
Os nórdicos tinham as suas crenças de arcos com seu ambiente; sua religião era panteísta, variável em seus dogmas e praticas refletida em seu mundo conhecido. Entre os deuses, o principal era Odim, deus da criação, das batalhas e dos mortos; seus companheiros eram: Thor, deus do trovão, senhor dos ventos, das chuvas e das colheitas, cujo símbolo era o martelo; Frey era o deus da fecundidade e a fertilidade, era também deus das batalhas e dirigia um carro puxado por um javali de cerdas de ouro (seu animal sagrado era sacrificado em festival solstício de inverno); Freya, irmã de Frey, era deusa do amor. Entre os deuses menores estava Ran, a deusa cruel e insensível do mar raivoso, que ansiava pela alma dos afogados. Logo abaixo dos deuses estavam os seres mágicos (como anões e duendes) e as coisas da natureza (montanhas, riachos, arvores) também tinham seus próprios espíritos para guardá-las.
Os mortos eram tratados com muita seriedade, pois os fantasmas nórdicos eram maléficos e atormentavam os vivos (de acordo com a crença deles). Para confortar os mortos na vida do além; seus túmulos poderiam conter: alimentos, cadeiras, jóias, camas, e até carros. Às vezes, matava-se uma viúva ou uma escrava para acompanhar o morto. A sua viagem ao outro mundo era feita através de uma embarcação, em um pequeno bote ou navio.
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