terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O Comercio Marítimo da Holanda

O Comercio Marítimo da Holanda
  A Holanda sempre esteve sob o domínio da Espanha, junto com outros paises menores; até 1579, quando sete províncias do norte formaram a União de Utrecht, sob a liderança de Guilherme, o príncipe de Orange, conhecido como “o taciturno”. Declarando sua independência da Espanha dois anos depois. Mesmo Filipe (rei da Espanha) tendo conseguido assassinar Guilherme, as suas finanças estavam esgotadas. Assim a rainha da Inglaterra – Elizabeth – interviu em favor dos rebeldes, para que a Espanha não recuperasse o controle.
Em 1648 houve o tratado de Vestfália, onde a Espanha finalmente reconheceu independência das sete províncias.
Ao invés de gastar energias em contendas e fanatismo, eles a usavam na busca de riquezas; os holandeses conseguiram se tornar especialistas em tecnologias de drenagem, construções de canais e recuperação de terra; além de construírem diques e defesas contra a água. Entre 1590 e 1640, conquistaram ao mar oitenta mil hectares de terras cultiváveis. O que eles não conseguissem cultivar eles importava; como os grãos que eram importados dos países Bálticos a cada ano. Além da “grande pescaria”, onde a Holanda e Zelândia mandavam seus barcos para recolher os cardumes de arrenque que desciam do Báltico para o mar do norte. Os barcos da frota holandesa eram tão grandes, que podiam abrigar uma tripulação por seis meses, e também podiam salgar os peixes e empacota-los ainda a bordo.
Em terra, a indústria tinha o apoio de construtores de navios, merceeiros, proprietários de armazéns, fabricantes de vela e cordas, tanoeiros e corretores.
Também conseguiram lucros no exterior onde o peixe acabou se tornando quase como uma moeda. Pois na Alemanha e na França, eles eram trocados por artigos de luxo; que por sua vez eram trocados por grão no Báltico.
Não eram sós nos pesqueiros que a frota holandesa se destacava, eles também projetaram os melhores cargueiros da época como os fluyten: econômico de operar e barato de construir.
Os comerciantes estrangeiros preferiam comprar ou fretear navios holandeses ao invés de usarem seus próprios: com mão de obra barata e requisitando menos marinheiros para operar, os holandeses podiam comprar metade do preço de seus concorrentes.
Como Amsterdam era o manancial da atividade mercantil holandesa, em 1609 os financistas da cidade criaram um banco de câmbio para ajudar os comerciantes holandeses a comerciar uns com os outros; e no mesmo ano foi construída a bolsa, onde colunatas e claustros abrigavam os representantes de cada grupo de interesse financeiro.
Os holandeses criaram um consorcio: reunindo seus recursos e diminuindo seus riscos, acabando com a competição entre eles, e assim estabelecer o monopólio do comercio marítimo. Com intenção de desbancar a os portugueses e os ingleses; e até mesmo vence os asiáticos em seu próprio terreno.
Para atingir esse objetivo, a companhia das Índias Orientais não contava com ofertas de condições de bens de trocas melhores; eles autorizaram seus empregados: a travar guerras, concluir tratados de paz; construir fortes e recrutar pessoal civil, militar e naval, e ainda tiveram de fazer um voto de fidelidade à companhia; tudo isso com a benção dos senhores da política nacional.
Assim os holendeses conseguiram tirara os portugueses do caminho com certa facilidade; e logo depois Jan Pieterszoon Coen (governador da Companhia das Índias Orientais), ordenou vários ataques a frota inglesa, capturando muitos de seus navios, assim acabando com a sociedade entre eles.
Depois de erradicar todos os seus competidores europeus; Coen e seus homens estacionaram homens e navios em pontos estratégicos para bloquear o acesso o conjunto de ilhas e arquipélagos. Os barcos sem autorização tinham suas cargas apreendidas na melhor da s hipóteses, e punição para quem enfrentava os holandeses era mais severa.
Em 1616, os holandeses se estabeleceram na América do Sul, nas Guianas. A companhia adquiria escravos da África Ocidental e os vendia aos colonos da América Espanhola, desafiando o monopólio de Madri. Mesmo com oitenta anos de hostilidade declarada, ainda tinham mercadores holandeses que comerciavam com espanhóis (aberta ou discretamente).
Com o tempo a economia da Holanda, embora razoavelmente estável, parou de crescer; uma tributação pesada levava os empresários e artesãos a buscar ambientes mais convenientes, os que podiam comprar terras, construíram propriedades suburbanas e rurais e viviam de investimentos, longe dos armazéns cheios de madeira e do arrenque salgado que haviam feito suas fortuanas.
Assim parecia que a idade de ouro da Republica Holandesa parecia estar chegando ao fim.
  

  


  

  


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