A corrente estética defendida pelos evolucionistas afirma que a beleza é uma das condições que favorece a evolução das espécies. Há duas formas de processar-se a seleção na natureza para os evolucionistas:
a) a natural
b) a sexual
A arte tem um caráter estimulante para os evolucionistas, pois o estático tem um caráter estimulante para a seleção, para a vida; por isso o estético surge da competição sexual.
O que torna a concepção evolucionista deficiente é por captar apenas alguns elementos da estética e esquecer outros.
A Concepção Intelectualista
A concepção intelectualista caracteriza-se por valorizar o intelecto. Em geral os clássicos, em todas as artes, dão preferência ao intelectualismo; mesmo não desconsiderando a parte afetiva, eles colocam o intelecto acima dela.
Este é o pensamento da escola intelectualista: “só a razão nos pode dar aquela ordem necessária a uma obra de arte”.
O intelecto não é um órgão genuinamente criador, mas um captador da ordem. O impulso estético é de origem afetiva, o intelecto atua para evitar seus desbordamentos, e seus excessos.
A Concepção de Kant
Kant aceita na estética a presença da posição intelectualista e da afetiva: a posição intelectualista funda-se em juízos de existência; a posição afetiva, em juízos de gosto, mas fundados em valores.
Há beleza, quando estas duas faculdades, que são profundamente diferentes, chegam a concordar sobre os objetos, sem acordo seja uma necessidade material ou lógica.
São estes os juízos, que Kant oferece:
1) “A satisfação que determina um juízo de gosto é sem nenhum interesse”
É chamado de belo o objeto dessa satisfação
Ex: um pintor admira uma fruta, enquanto artista, ele não deseja nem comê-la nem vendê-la.
2) “É belo o que agrada universalmente sem conceito”
O conceito é sempre uma universalidade. Mas o belo é concreto, sensível, embora permaneça universal, por ser comum a todos.
3) “A beleza é a forma da finalidade de um objeto, enquanto ela é percebida nesse objeto, sem representação de um fim”.
Um agricultor e um botânico vêem uma fruta como um fim; mas o artista não a vê assim, não visualiza o fim.
4) “É belo o que é reconhecido sem conceito como objeto de uma satisfação necessária”.
Para julgar uma fruta bela, não é preciso um nexo lógico ou experimental, como exige uma proposição matemática ou física
Concepção Lúdica da Arte
A concepção lúdica defende a tese de que a arte nasce segundo uns, dos brinquedos infantis (ludus, em latim, brinquedo), segundo outros uma espécie de brinquedo esportivo, divertimento do ser humano.
A arte para essa concepção conserva seu espírito desinteressado, porque os brinquedos são desinteressados, são autotélicos (de autos, si mesmo e telos, fim, têm o fim em si mesmo). A arte é desinteressada, é lúcida; divertimento em suas origens.
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