O Fato Estético
Concepções Psicológicas
Para entender melhor o fato estético, é preciso conhecer antes algumas concepções psicológicas imprescindíveis: sensibilidade, afetividade, intelectualidade.
Sensibilidade: é composta de todos os esquemas dos sensórios – mortriz do corpo humano; e o contato direto dos sentidos com o mundo exterior é realizado pela intuição sensível, que é um captar imediato dos fatos exteriores pelos sentidos humanos, que transmitem a eles uma imagem.
Afetividade: os fatos do mundo exterior também provocam nas pessoas, estados de atração ou de repulsa; elas sentem simpatia ou antipatia pelos fatos.
Intelectualidade: ao sentir os fatos do mundo exterior, as pessoas notam aspectos semelhantes ou diferentes entre si, elas captam as semelhanças e diferenças.
A sensibilidade manifesta-se em polarizações de prazer ou desprazer que os fatos provocam. A afetividade dá uma agradabilidade ou desagradabilidade patéticas (simpatéticas ou antipatéticas). A intelectualidade vê nos fatos o verdadeiro ou falso, o certo ou o errado.
Depois de conhecer esses elementos já é possível estudar os fatos estéticos.
Escola Sensualista
A escola sensualista funda-se nos juízos de gosto, que revelam apenas a agradabilidade ou a desagradabilidade, que as coisas oferecem; a desagradabilida e a agradabilidade são pontos de ligação da sensibilidade com a afetividade.
Nem todos os prazeres são estéticos; há prazeres que são anestéticos, isto é, não-estéticos.
O prazer não pode servir de base para um julgamento estético na arte, pois há prazeres que dão até angustias nas pessoas. O prazer que a arte oferece, é sem sofrimento; é um prazer afetivo e não apenas sensível. O erro da concepção sensualista está em confundir a sensibilidade com a afetividade.
Os juízos de gosto podem ser distinguidos em: juízo de gosto com base sensual, juízo de gosto com base afetiva, juízo de gosto com base estética.
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