sábado, 19 de fevereiro de 2011

Esquema de apreciação Estética e Artística

Esquema de apreciação Estética e Artística
   Para proceder à apreciação justa de uma obra de arte, impõe-se desde o inicio considerar:
1)     objetivamente: a obra realizada
2)     subjetivamente: o papel que desempenha o autor da mesma
Os outros valores podem ser considerados, só depois de considerar os valores com base material na obra e os valores de origem subjetiva (do artista).
Uma obra de arte tem sempre um motivo, um assunto, um tema, que recebem um tratamento do artista. Esse tema, realizado pelo artista, é chamado de objeto da obra de arte, e pode ser considerado:
1)     como é...
Uma reprodução fiel do tema ou motivo
Ex: na pintura, uma paisagem, que é reproduzida com a máxima fidelidade.
2)     como é sentido...
O artista aproveita o tema e o interpreta simbolicamente
3) como é visto...
Há uma tradução do motivo pelo artista, pois ele capta a impressão que lhe dá o motivo e o traduz como sucede no impressionismo.
As preferências que o espectador possa ter quanto ao modo de expressar o motivo, como ele é, ou como é sentido, ou como ele é visto, apenas revelam juízos de gosto e não de valor. O verdadeiro apreciador de uma obra de arte deve contemplá-la, superando as suas preferências de gosto.
       Primeira regra de apreciação
  Verificar como o autor expõe objetivamente sua obra (se realista, se simbólica ou interpretativa, se tradutiva). O valor de uma obra está na sua expressividade; que é o modo subjetivo de tratamento do objeto, quer dizer a expressividade revela o sujeito (artista).
O artista, expressa e se expressa ao realizar objetivamente a sua obra de arte; e nessa expressividade revela:
a) originalidade: quando expressa algo que nele tem origem, isto é, uma forma nova de expressar;
b) imaginação: que é a ação de combinar imagens diversas, dando-lhe uma nova ordem, com unidade;
c) espontaneidade: quando a expressividade surge como fluente, fácil, sem entraves, como se brotasse de um jorro;
d) inspiração: quando revela um grau superior, místico que dão ao artista o papel de um inspirado, além do normal.
       Segunda regra de apreciação
Analisar se a expressividade do autor corresponde harmonicamente ao objeto; ele pode dar-lhe ainda maior sensualidade ou torná-la meramente sensível.
O papel da expressividade é tal que pode tornar a mera reprodução num como é sentido (símbolo ou interpretação). Assim, por ser um autor realista, não impede que seja, embora em grau menor, um interprete da própria obra. Por isso os valores objetivos podem ser combinados entre si pela ação da expressividade.
Para realizar com plenitude a segunda regra, a comparação que o espectador pode fazer entre objetivo e o subjetivo (expressividade) permitem reconhecer um equilíbrio entre ambos, equilíbrio este que é a sua harmonia, e que, por sua vez, é já um grande valor.
Pode-se gostar muito de uma obra de arte, mas quando se faz a apreciação estética, o espectador deve considerar os valores que estão presentes na obra e não os que ele empresta.
Cada obra de arte tem seus valores correspondentes:
a)     na musica, valores musicais;
b)    na pintura, valores pictórios;
c)     na literatura, valores literários;
d)    na dança, valores coreográficos;
e)     na escultura, valores escultórios;
f)      na arquitetura, valores arquitetônicos
  Esses valores, combinados com os da expressividade, chamam-se valores ilustrativos; e a harmonia entre eles e a expressividade dão um valor maior à obra de arte.
1)     Os valores técnicos: tecnicamente o artista pode dar maior beleza, pela feliz escolha dos elementos, e temos o calistênico, ou cacotênico, quando usa uma técnica que emprega meios feios, como cores sujas, excesso de dissonância ou desarmonias, na musica, etc.
2)     Valores decorativos: esses valores decorativos são também peculiares à arte especifica como as cores, linhas e formas na pintura.
  Esses valores constituem os ilustrativos de uma obra de arte e que se harmoniza com a expressividade.








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