O Símbolo
Não é apenas estética que o artista põe em suas expressões; nelas há inúmeros aspectos que apontam, significam, indicam estados de alma, intenções, desejos, etc. São os símbolos, que estão na arte, até quando o artista não tem consciência de que usa símbolo, por isso toda arte é simbólica.
Costuma-se confundir símbolo com sinal, mas a diferença é: se todo o símbolo é um sinal, nem todo o sinal é um símbolo. O sinal é o que indica o que aponta algo oculto, não presente e pode ser arbitrário.
Ex: a fumaça é sinal do fogo, e não símbolo do fogo.
O símbolo tem alguma coisa que repete algo de semelhante ao simbolizado.
Ex: um homem solitário, por viver isolado; tem semelhança com uma arvore isolada numa planície deserta. Uma arvore numa planície deserta pode ser usada como símbolo de solidão.
Mas o símbolo pode significar vários simbolizados.
Ex: a cruz é um símbolo que possui uma centena de significados (refere-se a quase uma centena de simbolizados).
Se os símbolos não forem medianamente interpretáveis, só uma elite poderá interpretá-los.
Exotéricos: são os símbolos que qualquer pessoa pode interpretar.
Esotéricos: são os símbolos que só uma pessoa iniciada nos seus mistérios pode interpretá-los.
Crípticos: são os símbolos que só o criador pode interpretá-los.
Numa obra de arte, os apreciadores de uma época posterior a obra, consegue captar símbolos, que os apreciadores contemporâneos dela não conseguiram; por isso alguns artistas são melhores apreciados depois de muito tempo.
O símbolo nem sempre fala ao consciente do espectador, mas só ao subconsciente: o espectador da obra, não sabe muitas vezes porque se emociona, porque o fascina a obra, porque a sente sublime, porque sente elevado por ela; mas sente tais emoções; no entanto, é a linguagem simbólica da obra de arte que o empolga.
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