Quantidade e Qualidade na Arte (Cubismo)
Reduzindo a natureza a formas geométricas, o cubismo é mais uma pesquisa, um ensaio simplista à cata das formas originarias, não um fim, mas um meio da investigação da substância, na procura e na interpretação mais profunda e verdadeira das coisas, desinteressando-se pelas aparências, que formam um dos fundamentos da objetividade, na arte. O cubismo expressa uma nova vontade; uma vontade plástica fundamental, decorrente de uma nova consciência, que se preocupam pela substantividade, fugindo das categorias qualitativas julgadas meras aparências. O cubismo busca os fundamentos da coisa em si, em seu sentido estático, não dialético; é uma independentização da natureza ao império da subjetividade; é, portanto, uma negação da subjetividade por ser uma arte puramente quantitativa.
Mas o conhecimento do homem é baseado em qualidades; o homem somente conhece a qualidade das coisas, não a substantividade delas.
Pode-se dizer que a qualidade é a percepção humana da substantividade. O homem mede-as, apreende-as, por lineamentos adjetivos, portanto subjetivos.
O cubismo, procurando reproduzir a substantividade, tinha naturalmente de ser geométrico, porque daquela só se pode ter uma imagem geométrica.
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