sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Concepção Mística da Arte

  Concepção Mística da Arte
  Esta concepção não considera o papel da sensibilidade nem da intelectualidade, mas apenas o da afetividade. Como o racional pertence a intelectualidade, esta concepção funda-se no irracional; dessa forma, o belo não pode ser criticado. Os defensores desta concepção consideram que o racional mata a arte. Por isso os que aceitam a mística na arte são anti-intelectualistas e aprovam apenas um intuicionismo páthico.
A concepção intelectualista da arte, em geral, tende os estetas latinos; já a concepção mística tende os estetas alemães.
      Concepção Estética Einfühlung
  A Einfühlung é um caminho para o místico; todo gozo estético repousa, em definitivo, na simpatia.
A Einfühlung é: uma projeção do nosso eu no objeto; uma intuição simpatética estética; o afetivo que se objetiva no objeto.
Os defensores da concepção mística da Einfühlung, dizem que a razão não pode dar o mínimo da captação do belo, o qual é captado irracionalmente através de uma vivencia emocional; portanto páthica.
A Einfühlung não se dá apenas com objetos de arte, mas com outros também; assim tem três fases na obra de arte:
1) Concepção: quando o artista, se fundido com a emoção, que lhe provoca o motivo, está estado páthico de criar a obra de arte, estado em que a concebe e a vive emocionalmente.
2) Realização: quando o artista procura, pelos meios de expressão e pelo auxilio da técnica, revela-lo.
3) Comunicação: que se dá quando o espectador, o contemplador da obra, consegue entrar em Einfühlung com a obra, senti-la, vivê-la, nela fundir-se, nela comungar (comunhão).
Os graus de uma fase para outra variam. Conseguindo perceber a diferença entre estética e arte, é possível compreender perfeitamente o significado da concepção da Einfühlung da estética alemã.
Se a concepção da Einfühlung, é verdadeira por considerar o campo da afetividade na arte, não o tem ao pensar que só por meio dela é que se pode penetrar no estético.
A visão da Einfühlung é verdadeira por considerar o campo da afetividade na arte, mas deficiente por desprezar o papel da intelectualidade na arte. Além disso, esta concepção torna difícil uma analise objetiva da obra de arte; ela tem valor na captação da parte subjetiva (isto é, dos valores subjetivos); mas é frágil nos objetivos.



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