Ballet
O ano de 1672 é considerado como o inicio da historia do ballet de teatro, com a formação da Academia Real de Música e Dança (Academie Royale Musique ET de Danse), no reinado de Luís XIV. Até aqui o ballet é chamado ballet de cour; até mais ou menos 1730, os nobres misturavam-se com os bailarinos profissionais; os nobres tinham a suas roupas mais elegantes, e os profissionais recebiam papeis mais difíceis. O próprio Luís XIV chegou a dançar fazendo o papel do sol, numa peça chamada o “Ballet da Noite”; em 1669 ele parou de dançar devido à oposição que sofreu, os nobres seguiram o seu exemplo, e até 1725, não houve notícias deles no ballet; daí por diante o ballet tornou-se completamente profissional.
A transformação do ballet de cour para ballet de teatro deu-se lentamente, e quem realizou foi Jean Baptiste Lully, que conseguindo apoderar-se da Academia de Música e Dança, em 1672, manteve-a sob suas mãos até 1687.
As principais inovações de Lully foram às seguintes:
a) elevação da dança até uma posição igual a da música;
b) ação simultânea da musica, costumes, cenário e dança;
c) introdução de bailarinas profissionais.
Até então os ballets eram representados apenas por bailarinos, tanto nos papeis masculinos como femininos, para esses papeis os homens usavam mascaras, a partir do dia que as mulheres começaram a representar, as mascaras foram condenadas.
Com o acesso das mulheres ao ballet, começaram a surgir às grandes bailarinas, as duas mais famosas foram: Maria Ana de Cupis, imortalizada pelo apelido materno de Camargo, e Maria Sallé.
Jean Georges Noverre (1727 – 1809) foi o primeiro a revoltar-se contra o puro virtuosismo predominante no ballet; ele criou o ballet d’action, onde a técnica era apenas um meio para a expressão, para isso os bailarinos tinham de renunciar aos passos muito complicados. Noverre discordou no uso de: roupas pesadas (que dificultavam a danças), perucas e de máscaras.
Entre os bailarinos do século XVIII, os maiores nomes que devem citar-se são: Vestris, Gardel e Luís Dupré.
Pierre Gardel foi quem aboliu as mascaras, seguindo os conselhos de Noverre.
Salvatore Vigano (1769 – 1821) também lutou contra o virtuosismo do ballet; trazendo grandes renovações na arte do seu tempo. Vigano deu naturalidade aos gestos, individualizou o corpo de baile, fazendo com que todos entrassem num ballet tivessem caracteres próprios; deu a sua arte o nome de Khoreodram (quer dizer um drama coreográfico).
Outra figura de grande importância no ballet foi Carlos Blasis (1797 – 1878). Blasis principalmente um grande teórico da dança clássica, estudou toda anatomia do corpo humano, e com isso trouxe um grande desenvolvimento da técnica; com seus estudos, deu a oportunidade para o surgimento da ponta, que é a principal preocupação do ballet romântico.
Por fins do século XIX, o ballet começou a declinar para o baile de ópera; é a época do apogeu da dança de ópera. O bailarino quase desaparece; é o período famoso da bailarina e dos balletomanes (maníacos pelo ballet).
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